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SUV não é o mais indicado para blindagem

Para especialistas, como peso da proteção se concentra na região dos vidros, carro de teto alto tende a inclinar mais

Segundo a associação das blindadoras, os utilitários passaram os sedãs médios na preferência dos clientes

DE SÃO PAULO

O gerente de inovação Rudney Borges, 29, já decidiu. Irá trocar o seu utilitário blindado por outro, mais novo. "Esses carros são parrudos, espaçosos e versáteis", justifica.

Assim como Borges, milhares de consumidores estão preferindo blindar jipinhos. Com o fenômeno, os sedãs deixaram as primeiras posições no ranking do setor.

PERDA DE CONTROLE

Porém, segundo engenheiros ouvidos pela Folha, os utilitários não são o tipo de veículo mais recomendado para receber proteção balística.

"Como o peso extra (cerca de 200 kg) se concentra na parte superior do carro, modelos altos como os SUVs tendem a inclinar mais em curvas, elevando o risco de perda de controle, principalmente mudanças repentinas de direção", diz João Franco, especialista em dinâmica veicular.

A sensação de instabilidade piora quando o carro tem teto panorâmico à prova de balas -os vidros são os principais responsáveis pelo sobrepeso em uma blindagem.

Para minimizar esse efeito, o melhor é optar por modelos com tração integral (AWD), que ajuda na estabilidade. Muitas blindadoras oferecem também kits de reforço para freios e amortecedores, já que a suspensão mais robusta dos utilitários é projetada apenas para suportar o porte avantajado do próprio carro.

A armadura interfere também na dinâmica de picapes e minivans, e a maior área de carroceria eleva os custos da proteção entre 8% e 15% em comparação aos sedãs médios, calcula Rafael Barbero, diretor da Avallon. A empresa cobra, em média, R$ 52 mil para blindar carros grandes.

Hatches e sedãs de boa potência (acima de 140 cv de potência) são menos suscetíveis aos efeitos da blindagem.

"Até o aumento do consumo de combustível acaba sendo menor [no máximo, 10%]", diz Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat.


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