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Análise

Restrição de crédito para compra de usados pode travar mercado de novos

Por se basear no mercado interno, a indústria automotiva nacional depende do giro dos carros usados

EDUARDO SODRÉ EDITOR-ADJUNTO DE “VEÍCULOS”

A dificuldade em obter crédito para compra de carros usados pode desacelerar o mercado em 2013. O desequilíbrio em comparação ao capital disponibilizado pelos bancos para a compra de veí-culos novos gera distorções de preços que desestimulam o consumo.

Quem comprou um automóvel há dois ou três anos e hoje pretende entregá-lo na troca por um modelo zero-quilômetro depara com a forte depreciação do bem, consequência das dificuldades que os lojistas preveem encontrar para revendê-lo.

Para o consumidor brasileiro, que durante os períodos de inflação elevada chegou a tratar seu automóvel como um bem que se valorizava ao longo dos anos, a redução de valor acima do esperado tende a retardar a decisão de troca por um modelo novo.

Por outro lado, as revendas autorizadas não têm condição de absorver todos os veículos que são dados como parte do pagamento. Antes, tais modelos eram repassados em grandes lotes para lojas independentes. Hoje, os comerciantes estão evitando aumentar seus estoques.

Por se basear no mercado interno, a indústria automotiva nacional depende do giro dos carros usados, cujo volume de negociações em 2012 chegou a 9 milhões de unidades, segundo dados da Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos).

Reencontrar o equilíbrio sem cair em soluções que resultem em mais inadimplência no futuro é o desafio atual do setor de financiamentos. Os fabricantes dão incentivos por meio das parcerias com bancos privados, que, grosso modo, são a garantia do negócio. No segmento de usados, a retomada do crédito depende também da adaptação do consumidor às novas regras do mercado, que exige poupança para entradas maiores ou mais renda livre.


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