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Comitê israelense que investiga ataque a navios diz que será rápido
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DA REUTERS, EM JERUSALÉM
O comitê de investigação israelense sobre a operação contra uma flotilha com ajuda humanitária destinada a Gaza, que deixou nove mortos em maio, se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira e disse esperar concluir seus trabalhos o mais rápido possível.
"Espero que poderemos começar as reuniões do comitê o mais rápido possível e também terminar o mais rápido possível", disse o presidente do comitê, o juiz aposentado da Corte Suprema Jacob Turkel, antes do encontro preliminar.
Sob pressão internacional, Israel criou o painel, formado por cinco integrantes, inclusive dois observadores internacionais, para investigar a ação contra um comboio de seis navios com ajuda destinada a Gaza em 31 de maio.
Nove ativistas turcos morreram quando comandos israelenses entraram em um dos navios que tentavam furar o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. Israel afirma que seus homens abriram fogo após serem atacados pelos ativistas, que estariam munidos de facas e bastões.
Turkel e outros membros israelenses estabeleceram regras para audiências futuras. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior devem depor ao comitê.
Os dois observadores internacionais --David Trimble, um político da Irlanda do Norte e ganhador de um Nobel da Paz, e o jurista canadense Ken Watkin-- não estiveram no encontro desta quarta-feira.
Segundo um comunicado divulgado após o painel, os próximos encontros serão realizados em hebraico com tradução simultânea em inglês para os participantes internacionais.
A decisão de formar o painel coincide com sinais crescentes de que Netanyahu foi contaminado pela pressão internacional para aliviar o embargo israelense a Gaza e permitir a entrada de produtos ao território controlado pelo grupo militante islâmico Hamas desde 2007 e onde vivem 1,5 milhão de palestinos.
Turquia
A Turquia anunciou nesta quarta-feira a formação de uma comissão para analisar o ataque de Israel aos navios que levavam ajuda humanitária para a faixa de Gaza no dia 31 de maio.
O Ministério das Relações Exteriores turco informou que o comitê será liderado pelo seu ministro e o da Justiça e servirá para "avaliar a dimensão nacional e internacional" do ataque israelense e preparar o terreno para uma possível investigação internacional.
O anúncio diz que a comissão, que inclui os funcionários da Marinha, já se reuniu duas vezes desde que foi formado na segunda-feira (14).
A Turquia, que cortou relações com o Estado judeu desde o incidente, afirmou que a investigação de Israel será parcial e reiterou pedidos por um trabalho supervisionado pela Organização das Nações Unidas.
Ataque
No dia 31 de maio, militares israelenses atacaram uma frota internacional de ajuda humanitária que seguia para a faixa de Gaza com militantes pró-palestinos. Na ocasião, nove militantes turcos morreram e 20 pessoas ficaram feridas.
O ataque, realizado em águas internacionais, recebeu duras críticas de diversos países, que pedem, além de esclarecimentos a Israel, o fim do bloqueio a Gaza.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou que o bloqueio viola a Convenção de Genebra e pediu o fim da medida.
Segundo o CICV, "toda a população de Gaza está sendo punida por atos pelos quais não têm responsabilidade".
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