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25/06/2010 - 15h09

Nova premiê australiana deve manter política externa, dizem analistas

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DA REUTERS

A política externa da Austrália e sua dependência estratégica dos Estados Unidos não devem mudar com a substituição de Kevin Rudd por Julia Gillard como primeira-ministra, disseram analistas políticos na sexta-feira.

Gillard tomou posse na quinta-feira como primeira premiê mulher australiana, depois de o governista Partido Trabalhista ter afastado Rudd em função da queda de seu nível de apoio nas pesquisas de opinião antes das eleições previstas para até o final do ano.

Ela conversou na sexta-feira com o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da Indonésia, Susilo Banbang Yudhoyono, e disse a jornalistas que continua comprometida com a aliança estratégica entre Austrália e EUA, que já dura 60 anos, e que vai conservar as forças australianas no Afeganistão.

"Nada vai mudar. Não prevejo que ela faça quaisquer modificações na política externa", disse Michael McKinley, da escola de relações internacionais da Universidade Nacional Australiana, falando à Reuters na sexta-feira.

"Gillard assegurou aos norte-americanos que a Austrália será tão obsequiosa quanto fomos no passado. Não a vejo mudando nosso engajamento no Afeganistão nem mudando alguma coisa em relação à aliança com os EUA."

Ex-diplomata que fala mandarim, Rudd manteve controle estreito sobre a pasta das relações externas. É provável, porém, que Gillard volte mais atenção às questões internas, procurando reconstruir o apoio dos eleitores antes das eleições nacionais previstas para outubro, mais ou menos.

Isso significa que Gillard poderá conservar Stephen Smith como ministro do Exterior quando anunciar seu gabinete, embora especule-se que ela também possa entregar a pasta das Relações Exteriores a Rudd como consolação por ter perdido a chefia do governo.

"Se Rudd quiser a pasta, ele a terá", disse McKinley, acrescentando que é possível que Rudd prefira não entrar para o gabinete de Gillard até depois da eleição.

Andrew O'Neil, diretor do Instituto Ásia da Universidade Griffith, disse que é difícil prever mudanças nas relações externas principais da Austrália sob o governo de Gillard, porque o Partido Trabalhista está comprometido com um foco regional forte.

O analista de política externa Graeme Dobell, em coluna escrita para o Instituto Lowy, disse que Gillard não deve fazer grande diferença ao relacionamento-chave com os Estados Unidos.

"A Austrália tem sua primeira premiê trabalhista de esquerda em uma vida, mas uma coisa que não vai mudar é a adesão do Partido Trabalhista à aliança com os EUA", disse Dobell.

 

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