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28/06/2010 - 20h28

Jornalista peruana e marido uruguaio estão entre acusados de espionar nos EUA

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DA EFE, EM NOVA YORK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A jornalista peruana Vicky Peláez, colunista do jornal em espanhol "El Diário/La Prensa", está entre os dez presos nos EUA por suposta atuação ilegal no país como agentes da inteligência russa.

Peláez e seu marido, o uruguaio Juan Lázaro, foram presos no domingo em sua casa em Yonkers, ao norte de Nova York, e compareceram nesta segunda-feira a um tribunal federal em Manhattan, segundo fontes da promotoria.

Ambos estão entre os presos nas últimas horas por realizar durante "um longo tempo" missões secretas nos EUA, atuando "de maneira ilegal" como agentes para a Rússia.

Segundo documentos judiciais divulgados hoje, Peláez e Lázaro fizeram durante anos viagens a um país sul-americano nas quais "passavam mensagens secretas" aos oficiais do governo da Rússia, e recebiam dinheiro por seus serviços.

Esses documentos, que registram conversas entre o casal interceptadas pelas autoridades americanas, asseguram que ambos viajaram repetidamente ao mesmo país, onde "um representante do governo da Rússia entregava pacotes que continham dinheiro".

Conta, por exemplo, que em uma ocasião Peláez voltou aos EUA com oito sacolas com US$ 10 mil em cada uma, e afirma que há várias fotos de Lázaro com um representante do governo russo.

Peláez, que vive há quase 30 anos nos EUA e cuja família é de Machu Picchu, trabalha há mais de 20 anos para o "El Diário/La Prensa", onde foi repórter e editora da seção dedicada a América Latina. Também é conhecida por escrever uma coluna, com a qual ganhou fama de defensora dos líderes progressistas latino-americanos, principalmente o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e os líderes cubanos.

Prisões

Dez agentes de inteligência foram presos acusados de atuarem como agentes ilegais do governo russo nos EUA, informou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Segundo registros judiciais do caso, o governo americano interceptou uma mensagem da central de inteligência russa em Moscou a dois dos acusados. A mensagem afirma que a missão deles era "encontrar e desenvolver ligações nos círculos políticos nos EUA" e enviar relatórios de inteligência.

Todos os dez foram acusados de ato de conspiração como agente de um governo estrangeiro, que leva pena máxima de cinco anos de prisão. Nove dos detidos foram acusados de conspiração para lavagem de dinheiro, que tem pena máxima de 20 anos de prisão.

No total, 11 pessoas foram acusadas --as dez presas, e mais uma que ainda está em liberdade, segundo a CNN.

Segundo a rede americana CNN, entre as identidades falsas usadas por eles estariam as de americanos mortos.

Em comunicado, o Departamento de Justiça disse que as prisões foram frutos de anos de investigação. Os casos foram registrados em uma corte em Nova York.

A lei federal americana proíbe pessoas de atuarem como agentes de governos estrangeiros dentro dos EUA sem notificar as autoridades locais.

 

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