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02/07/2010 - 10h23

Ex-chefe de polícia da África do Sul e da Interpol é condenado por corrupção

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-chefe de polícia da África do Sul e ex-presidente da Interpol Jackie Selebi foi condenado nesta sexta-feira por corrupção. Ele aceitou dinheiro e presentes de um traficante de drogas, segundo informou o juiz sul-africano Meyer Joffe.

A pena será divulgada em 14 de julho e pode chegar a 15 anos de prisão. Selebi, 60, permanecerá em liberdade até essa data, depois de pagar uma fiança de 5.000 rands (cerca de R$ 1.100).

Werner Beukes/AP
Ex-chefe de polícia da África do Sul e da Interpol Jackie Selebi foi condenado por corrupção por receber propina de traficante
Ex-chefe de polícia da África do Sul e da Interpol Jackie Selebi foi condenado por corrupção

Selebi foi acusado de ter recebido 1,2 milhão de rands (R$ 280 mil) de Glen Agliotti, que foi condenado por tráfico de droga e acusado do assassinato de um magnata mineiro. Em troca, Selebi passava informações sobre as investigações nas quais aparecia envolvido.

O tribunal decidiu, contudo, absolvê-lo da acusação de obstruir o curso da Justiça.

Durante o julgamento, Selebi enfrentou Agliotti, a quem os defensores do ex-chefe de polícia acusaram de ser uma testemunha pouco confiável. Ele negou todas as acusações e disse ser vítima de uma conspiração.

Selebi foi um grande ativista contra o apartheid, o primeiro chefe de polícia negro da África do Sul e era um nome importante do partido CNA, de Nelson Mandela.

Ele era ainda um aliado próximo do ex-presidente Thabo Mbeki. Em janeiro de 2008, o então presidente anunciou a suspensão de Selebi de suas funções por tempo indeterminado como chefe da polícia da África do Sul, diante do provável indiciamento. Pouco depois, Selebi renunciou à chefia da Interpol.
Analistas dizem que o veredicto não terá maior impacto no presidente Jacob Zuma, já que o caso não se prolongou por muito tempo e a relação entre Zuma e Selebi é suficientemente distante e obscura.

O analista político Gary van Staden ressalta ainda o caráter positiva da condenação, como um exemplo de que o país está enfrentando o problema crescente da corrupção mesmo nos mais altos cargos.

 

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