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Apelação impede que suposta espiã peruana seja solta sob fiança nos EUA
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DA EFE, EM NOVA YORK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Promotoria federal em Manhattan apelou da decisão do juiz de conceder fiança à jornalista peruana Vicky Peláez, detida por supostamente participar de uma rede de espionagem nos Estados Unidos ligada a Moscou. Era previsto que Peláez fosse solta nesta terça-feira.
"Não sairá hoje. A Promotoria apelou da fiança e amanhã será realizada uma audiência para determinar o mérito da apelação", disse Carlos Moreno, advogado de Peláez. Ela terá que esperar até a quarta-feira para saber se poderá deixar o centro de detenção onde está presa.
Outros nove suspeitos permanecem sob custódia federal.
O FBI (Polícia Federal americana) prendeu na semana passada dez pessoas acusadas de manter identidades falsas nos EUA para se aproximar de fontes políticas e obter informações críticas sob ordem do governo russo, em uma trama que relembra os anos da Guerra Fria. O 11º suspeito está foragido, após pagar fiança e ser libertado no Chipre.
Todos foram acusados de trabalhar como agentes para um governo estrangeiro, acusação cuja pena máxima é de cinco anos de prisão, e lavagem de dinheiro, por conta do salário clandestino que recebiam (pena de no máximo 20 anos).
Justificativa
O subsecretário de Justiça dos EUA, Michael Farbiarz, apoiou, em sua qualidade de procurador-geral adjunto, a decisão da Promotoria de apelar da decisão do juiz Ronald Ellis de impor uma fiança à jornalista.
Durante a audiência, na quinta-feira, que determinou que Vicky poderia ficar em liberdade pagando uma fiança, Farbiarz já tinha se mostrado contrário à decisão.
Moreno disse que a jornalista poderia pagar os US$ 10 mil da fiança e que podia apresentar as três assinaturas necessárias como aval do restante dos US$ 250 mil da fiança, como foi estipulado pelo juiz para deixar Vicky voltar para casa.
Se a Promotoria não tivesse apelado da decisão, hoje mesmo a jornalista teria começado a cumprir sua pena de prisão domiciliar em sua casa em Yonkers, na zona norte da cidade de Nova York, monitorada eletronicamente, como tinha sido estipulado pelo juiz.
Promotores também disseram ter um vídeo de Peláez se encontrando com um representante do governo russo na América Latina, onde dinheiro teria sido encontrado.
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