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06/09/2007 - 02h30

Promotor, Jogos, Desigualdade, CDHU, Forças Armadas, Renan, Precatórios, CPMF

da Folha Online

Promotor

"Entendo e respeito o posicionamento da senhora Eurydice Shoedl, mãe do promotor Thales Shoedl. Ela está no papel de mãe. Porém, a imprensa, na minha opinião, vem sendo justa e imparcial, relatando fidedignamente o que aconteceu. Sendo ou não promotor, tendo ou não porte de arma, ele jamais deveria ter ido armado àquele fatídico lual de 2004, em Bertioga. Não se justifica. Tenho amigos da área jurídica que sempre me destacaram isso. Ninguém, sinceramente, dispara 12 tiros por legítima defesa. Por sinal, ele foi, segundo a imprensa, relatado como extremamente 'imaturo' nos exames psicotécnicos admissionais para Promotoria (A Folha teve acesso a tais laudos).
Jamais deveria ter sido nomeado para um cargo que exige tanta responsabilidade, maturidade, sensibilidade social e exigência de equilíbrio emocional. Ele teve acesso a todas as oportunidades de educação e respeito a valores como a vida humana que só uma família estrutura pode fornecer. Nesta hora, é claro que os pais acabam sendo até vítimas, não vilões.
Só os pais do jovem assassinado, covardemente, é que podem realmente dimensionar a enorme dor da perda de um filho, independentemente de quem tenha começado tal briga. Essa discussão não leva a nada, o que valeram foram, repito, 12 tiros disparados. Sempre há outras opções nesta hora, principalmente para quem tem uma responsabilidade social intrínseca pela preservação da vida alheia - como é o caso de um promotor público, pago com os nossos impostos. Ele tem um dever de sempre fazer justiça em prol da vida, nunca com as próprias mãos e contra as leis.
Infelizmente, ele não tem mais condições ético-morais para exercer este cargo de promotor. Pode reconstruir a sua vida, é claro, em outro campo, após cumprir a pena pelo grave homicídio e ser julgado de forma justa e imparcial. Mas, por tudo que envolve a nobre profissão de um promotor, com certeza, ele não deve ficar vitalício no cargo jamais. Que moral, com todo o respeito, ele terá para julgar criminosos? Seria um afrontamento e até deboche a toda a sociedade brasileira que clama por justiça. Não se trata jamais de vingança. Mas, se a situação fosse inversa, com certeza, a postura seria outra.
Parabéns ao procurador-geral da Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, pelo seu senso de neutralidade, sensibilidade, respeito e justiça social."

JOEL RENNÓ JR., coordenador-geral do ProMulher (São Paulo, SP)

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Jogos

"Estou pasmo com a notícia (5/9, pág. E4) que os jogos via 0900 estão voltando, exatamente no momento em que o governo proíbe os bingos e máquinas caça-níqueis. Na capital de São Paulo os bingos foram fechados e, com eles, milhares de empregos deixaram de existir. Agora só faltava essa, a volta de uma verdadeira indústria de dinheiro fácil que é o 0900 e que, operado eletronicamente, gera parcos postos de trabalho e só enriquecem as redes de TV e os chamados empresários interativos. Afinal, o jogo é permitido ou não no Brasil? É imperioso que acabemos de vez com esses quebra-galhos em que só os grandes, com seus lobbies poderosos, levam vantagem. Se é um boteco de periferia, que por vezes instala um caça-níquel até por uma questão de sobrevivência, aí está proibido, vai lá a polícia e coíbe. Precisamos ser claros: proibamos o jogo no Brasil ou permitamos a sua realização com regras claras, pois se continuar esse salve-se quem puder o melhor será declarar peremptoriamente: 'instauremos a moralidade ou nos locupletemos todos'. Se o 0900 voltar, é de justiça que funcionem também os bingos que geram milhares de empregos e também os caça-níqueis que muito ajudam na manutenção de pequenos comércios."

JOSÉ CARLOS TONIN (Indaiatuba, SP)

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Desigualdade

"Temos que nos conscientizar que a luta contra a desigualdade social é um problema de todos nós. A tarefa de corrigir e equilibrar essa desigualdade de complexidade e proporções gigantescas exige um trabalho árduo e de sacrifícios. Não basta tão somente lamentarmos e ficarmos perplexos, precisamos de massa crítica e cobrar resultados concretos e imediatos. Os efeitos da desigualdade social no Brasil não são apenas econômicos, mas também de atitudes. Sabemos que é uma empreitada de longo prazo, um investimento a perder de vista, principalmente para construir condições estruturais que garantam a sustentabilidade das mudanças. Mas se cada um contribuir para que essas mudanças ocorram, esse tempo deixará de ser a morte vista nos olhos de quem a sente."

DEBORAH FARAH (Barra da Tijuca, RJ)

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CDHU

"Não é incomum verificar que pessoas que se situam muito longe da condição de pobreza estão explorando mais esse veio oficial, se submetendo a sorteios e, para piorar a situação, alugam por preços muito superiores à módica prestação da casa própria com que foram contemplados. Em que pese a burocracia da CDHU, está havendo esse furo."

GERALDO PERES GENEROSO (Ipaussu, SP)

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Forças Armadas

"Está se tornando freqüente ver autoridades civis usando fardamento de uso exclusivo das Forças Armadas quando visitam alguma unidade militar (caso recente do ministro da Defesa). Fico curioso em saber o motivo desse ato. Seria falta de roupa adequada para o exercício da tarefa? Ou seria a realização de um sonho de infância? Fica sempre a desconfiança que se trata de alguém que, na sua juventude, quando foi convocado para servir o Exército, preferiu solicitar dispensa do cumprimento de suas obrigações militares."

SIMÃO KORN (Santos, SP)

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"Muito pertinente o artigo de Marcos Nobre sobre posição do Exército em relação à democracia (Opinião, 4/9), pois o seu comandante perde uma oportunidade para esclarecer a posição da instituição. Quando ela defende os torturadores dos governos militares, fica a pergunta: será que as nossas Forças Armadas são genuinamente democráticas? Não seria mais adequado aos novos tempos reconhecerem os militares que houve excessos lamentáveis, que não devem mais se repetir em hipótese alguma? Deveriam os militares esclarecer de que lado estão: se do lado dos valores liberais e democráticos dos tempos que vivemos ou do lado daqueles que torturaram e mataram pessoas indefesas sob a égide do Estado. O processo civilizatório e político brasileiro muito ganharia com isso."

IGNACIO ZURITA (São Paulo, SP)

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Renan

"A pergunta que não quer calar: e a Mendes Júnior? Se há provas contra o senador Renan, elas inquestionavelmente incriminam a empreiteira. Sou intransigentemente favorável a extirpar da vida pública os maus políticos. Mas e os empresários corruptores? Até parece que é algo institucional."

GILSON LIMA (Belo Horizonte, MG)

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Precatórios

"O que o governo pretende com a emenda constitucional nº 12 não é deixar de pagar as indenizações supostamente 'escandalosas e milionárias' (fixadas em julgamentos que obedeceram às normas legais vigentes e em que o governo teve amplo direito de defesa). O que querem os caloteiros do PT e seus aliados é criar um mecanismo que permita ao governo, com um passe de mágica, reduzir como um todo as dívidas que acumulou por conta de suas variadas mazelas e de sua incompetência e eventual desonestidade na gestão da coisa pública. Mas ai do cidadão que tentar subtrair um centavo da escorchante carga tributária a que é submetido!"

FRANCISCO J.B. DE AGUIAR (São Paulo, SP)

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CPMF

"O ministro Guido Mantega disse que a CPMF é fundamental para a saúde, para o Bolsa Família e que poderá ser extinta em 2 ou 3 anos. Ora, a contribuição já existe e, pelos acontecimentos (crise na saúde, especialmente no Nordeste, e casos de dengue), vê-se que ela não tem contribuído para a solução dos problemas, ao mesmo tempo que permite ao governo inchar a máquina pública, torrar no Haiti e em propaganda. Por que somente extinguir esse assalto ao contribuinte depois que Lula sair do governo?"

MARCO CRUZ (São Paulo, SP)

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