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27/08/2010 - 21h58

Universidades públicas vão receber estudantes vítimas do terremoto no Haiti

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LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Universidades públicas brasileiras vão receber estudantes haitianos que ficaram sem condições de estudar após o terremoto que devastou o país no começo do ano.

A expectativa é que até 500 alunos passem um ano e meio estudando no Brasil. O tremor de terra de janeiro destruiu grande parte das universidades haitianas.

Os primeiros alunos devem chegar em setembro ou outubro. A vinda deles está prevista em um acordo de cooperação para a reconstrução do sistema de educação superior da ilha assinado pelos dois governos.

Até agora, de acordo com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), quatro universidades confirmaram interesse em participar no programa: Unicamp, UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Universidade Federal do Rio Grande do Sul e UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). No total, essas universidades estão oferecendo 172 vagas para os haitianos.

O total de bolsas oferecidas pela Capes é de 500, em um período de três a quatro anos. Ao todo, foram convidadas para participar do programa 22 universidades.

Nos primeiros seis meses, os alunos terão aulas intensivas de português --o idioma oficial do Haiti é o francês, mas quase toda a população fala o dialeto crioulo.

Depois, cursarão disciplinas de carreiras como medicina, enfermagem, arquitetura e engenharias. As áreas escolhidas, diz a Capes, são estratégicas, ligadas ao processo de reconstrução.

Segundo o secretário de Relações Internacionais da UFSC, Enio Luiz Pedrotti, os alunos terão que cursar o últimos período no Haiti, para garantir que retornem. O programa, diz ele, também visa impedir que os alunos percam aulas e desistam do ensino superior.

A Capes dará uma bolsa mensal de R$ 500 para os estudantes, além de passagens aéreas e uma verba de R$ 500 para instalação.

Os estudantes que virão para o Brasil ainda não foram selecionados. O processo é dificultado pela falta de documentos e de comunicação no país, segundo Cláudia Martinez, responsável pelo programa na UFSCar.

 

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