Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/09/2011 - 11h13

Estudo revela atraso de nove meses na rede pública do país

Publicidade

ANTÔNIO GOIS
DO RIO

Relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado ontem, mostra que o Brasil, entre 33 países comparados, apresenta a maior desigualdade entre escolas públicas e particulares --que têm desempenho melhor de seus alunos.

Diferentemente do resultado do Enem, divulgado anteontem, o relatório da OCDE incorpora à avaliação o perfil socioeconômico das famílias dos estudantes.

Escolas que recebem alunos com pais mais ricos e escolarizados têm uma vantagem que independe do esforço do colégio para melhorar o ensino --mais da metade do desempenho é explicada por estas características, segundo estudos.

Sem considerar riqueza e escolarização dos pais, o aluno da rede privada estaria três anos à frente do da escola pública, segundo o Pisa (exame internacional que compara desempenho de alunos).

Quando a comparação é feita considerando o nível socioeconômico, a distância entre os estudantes da rede privada para os do sistema público cai para nove meses, segundo o relatório.

A conta simula como seriam as notas se os alunos tivessem as mesmas características familiares. Para a pesquisadora Paula Louzano, o dado reflete a desigualdade do país e o fato de poucas famílias de elite colocarem o filho em escolas públicas. Além disso, afirma, a cobertura do currículo nas públicas é menor.

Segundo o ministro Fernando Haddad (Educação), esta diferença em favor da rede privada tende a diminuir por causa do aumento do gasto público por aluno.

O relatório da OCDE diz que o Brasil foi o país que mais aumentou (em 116%) o gasto por aluno na rede pública na década passada.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página