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Amigo-secreto
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ADRIANA KÜCHLER
COLUNISTA DA sãopaulo
Escritores desejam boas festas para garçom, cachorro e colega da quarta série:
Leticia Moreira/Folhapress |
Fernando Marchiori, tudo bom?
Na terceira série você me tirou no amigo-secreto e me deu a bola Asteca, da Copa de 86 -um dos melhores presentes que eu já ganhei. Sábado passado a gente se cruzou no Pão de Açúcar e eu fingi que não te vi, escondendo-me atrás de uns panetones -uma das coisas mais ridículas que eu já fiz.
Gostaria, contudo, de apresentar duas atenuantes:
A) Eu tinha acabado de discutir com a minha mulher, por causa de uns tomates. (Débora é pra molho e não salada, certo?)
B) Entrei do seu lado na briga contra o Fábio Grosso, na quarta série, lembra?
Caso nada disso sirva para redimir-me, apelo para o Natal, época de perdoar e agradecer: peço desculpa pelo oi não dado e deixo meu muito obrigado pela bola recebida. Espero, em 2012, ser menos bocó.
(In)grato, Antonio
Antonio Prata, colunista da Folha, publicou livros como "Meio Intelectual, Meio de Esquerda"
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Letícia Moreira/Folhapress |
Queria pedir que, além dos índios, das plantas e da Chevron, a ecologia também se ocupe das palavras. Que salvem da extinção os argumentos lógicos, e a ironia seja preservada das reticências e exclamações, e o humor se liberte da gramática do Twitter, e se proteja o sentido histórico de termos como censura, nazismo, fascismo e stalinismo. Nada disso livrará o mundo da obtusidade, da polícia de opinião e dos juízes públicos de condutas privadas, mas não percamos a esperança de que -como a etiqueta, o pudor e um certo nível de asseio- uma linguagem reflorestada possa ao menos melhorar o convívio.
Michel Laub, escreveu "Diário da Queda", que venceu o Prêmio Bravo! e teve os direitos vendidos para o cinema
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Christian von Ameln/Folhapress |
Oi, Conan!
Você fugiu em dois mil e quanto mesmo? Magrelo de ansiedade, passou pelas grades, a gente não te levava para passear e só uma sequência de dunas te acalmaria. Ficávamos todos presos no sobrado, você deu o fora antes de nós. Procuramos por um fox paulistinha atropelado por todas as ruas próximas e nada do corpo. Para mim, você seduziu alguma senhora que subia a rua, ela teria estacionado em frente ao portão e você rebolou até livrar as costelas da nossa casa. A velha te pegou e está aí, nesse sofá com botões, com as orelhas grisalhas. Nos mudamos, e a novidade é que engravidei. Será um rapazola feito você, quero que se conheçam. A velha deve ter te batizado, ela jamais diria que seu nome é Conan Almeida. Proponho recomeçarmos do zero, tem lugar para você no carrinho do filhote, vamos passear loucamente, tem uma praça aqui perto cheia de macumba para você desfazer. Não precisa responder agora, pode ser depois do Natal.
Andréa del Fuego, ganhou o Prêmio José Saramago 2011 pelo romance "Os Malaquias"
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Maria do Carmo/Folhapress |
Seguinte, esqueci de te dizer no cartão do Natal de 2010 que, apesar de tudo, ainda te amo. Um ano sem se falar. Tudo bem. Você me esquecendo, eu te amando, que é só o que eu sei fazer. Tudo bem. O espaço tá acabando. O ano também. Continuo esperando. Esse 11 passou rápido, não passou?
O 12 vai passar também. Com a gente, sem a gente, vai passar. Com a gente, espero!, juntos ou separados. Preferia juntos. Mas, tudo bem, é possível vivermos separados. Mais possível pra você do que pra mim. Mas, tudo bem. Te amo e te amarei pelos próximos 12 meses. Feliz Natal e um fantástico ano novo. Beijo imenso.
Reinaldo Moraes, é autor da epopeia pornô "Pornopopéia" e dos romances "Tanto Faz" e "Abacaxi"
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Leticia Moreira/Folhapress |
Caro amigo França, em teu nome agradeço a todos os garçons da cidade de SP por mais um ano, por ouvir as dores do mundo, pelo ombro na dor de corno e também por celebrar junto -só num piscar de olho- os amores casuais da madruga. O amor que vai, o amor que fica...
e sobretudo o amor líquido que escorre das mulheres e das bebidas. Feliz Natal, França, para toda a sociedade dos poetas vivos e dos fígados nem tanto. Um beijo no Marquinhos, na turma todinha e nas mariposas. Que o mundo nunca acabe em 2012, desculpa qualquer coisa, e cuidado na volta pra casa de bicicleta.
Xico Sá, autor de "Chabadabadá - Aventuras e Desventuras do Macho Perdido e da Fêmea que se Acha" e colunista da Folha, dedica seu cartão ao garçom da Mercearia São Pedro
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