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05/08/2012 - 02h30

'Nós, compositores e intérpretes devemos muito a Gonzaga', diz Antonio Nóbrega

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RAFAEL GREGORIO
DE SÃO PAULO

Antonio Nóbrega ficou seis anos longe da música, dedicado exclusivamente à dança. Nesse período, foram três obras: "Passo", "Naturalmente" e "Mátria, uma Outra Linha de Tempo Cultural".

Allan Richner/Divulgação
Antonio Nóbrega (foto), músico e dançarino, faz série de homenagens a Luiz Gonzaga no Auditório Ibirapuera de 3 a 5 de agosto
Antonio Nóbrega (foto), músico e dançarino, faz série de homenagens a Luiz Gonzaga no Auditório Ibirapuera de 3 a 5 de agosto

O retorno acontece no palco do Auditório Ibirapuera (região sul), onde ele encerra neste domingo (5) uma série de homenagens a Luiz Gonzaga (1912-1989).

Os shows acontecem em dois horários: às 11h e às 19h. Os ingressos, de R$ 10 a R$ 20, estão à venda pelo site Tickets for Fun.

Intitulado "Lua", o espetáculo remete ao icônico compositor pernambucano, cujo nascimento completa cem anos em 2012 e a quem Nóbrega se refere como um dos fundadores da música brasileira. No repertório, sucessos como "Asa Branca" e também canções menos conhecidas, como "Acauã".

A "revista sãopaulo" trocou e-mails com o artista sobre os shows. Confira.

*

sãopaulo - Qual a importância de Luiz Gonzaga em sua carreira musical? É uma influência? Uma referência? Uma deferência?
Antonio Nóbrega - Mais do que uma influência é uma referência. Nós, compositores e intérpretes brasileiros, no geral, devemos muito a Gonzaga.

O ano de 2012 tem sido repleto de tributos a ele. Em que o seu espetáculo "Lua" se diferencia --se é que a proposta é se diferenciar?
Eu gostaria muito de ter visto os demais espetáculos ou shows a ele dedicados. Como não os vi, não tenho, infelizmente, como estabelecer alguma diferença entre eles e o meu. O que posso dizer é que nele procuro contemplar o máximo possível a heterogeneidade da obra de Gonzaga.

Você identifica nomes da chamada nova cena musical que tenham ligações com as tradições da cultura popular de que você se alimentou durante a carreira?
Acho que muitos jovens artistas se identificam com a chamada cultura popular e mesmo dela se alimentam assim como eu. A maneira, todavia, com que essa assimilação se realiza passa por outras crivagens às quais eu não recorri. Se isso é bom ou não, eu não sei.

Vê com preocupação ou com entusiasmo a continuidade dessas tradições?
Com os dois sentimentos. Na linha de tempo cultural popular muita coisa se renova e cresce. E muita coisa também se artificializa e fenece.

O que tem ouvido? O que não sai do seu iPod?
Eu posso dizer que tenho sempre curiosidade em saber o que anda saindo por aí em matéria não só de música mas de arte em geral, já que trabalho com dança, com literatura etc. Agora, escutar e reescutar, ler e reler, o que entra sempre na minha listagem do dia a dia é: Bach, Jacob do Bandolim, Caymmi, Stravinski, Missão de Pesquisa, Violeiros, Bartok e choro em geral. Como sou aficionado da leitura a lista é quase interminável por esse lado também...

 

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