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27/08/2010 - 11h38

Marco Ricca, ator de "Tititi", estreia como diretor de cinema com "Cabeça a Prêmio"

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TETÉ RIBEIRO

Por que decidiu dirigir cinema? Acho que é uma extensão natural do trabalho de ator. Quando decidi dirigir teatro, fiz porque estava virando um ator insuportável, cheio de palpites para tudo. Quando é assim, melhor ir lá e fazer o seu. No teatro deu certo, já dirigi várias peças e a que está em cartaz ("A Grande Volta", no teatro FAAP até 15/8) o público gosta, vai ver. Eu adoro quando o público gosta.

Jorge Bispo/-
Marco Ricca, ator da novela "Tititi", estreia como diretor de cinema com o filme "Cabeça a Prêmio"
Marco Ricca, ator da novela "Tititi", da TV Globo, estreia como diretor de cinema com o longa-metragem "Cabeça a Prêmio"

Alguma tensão pré-estreia? Muita, mas estou contente com o resultado. Fiz o que eu queria ter feito. Foram dois anos e meio de dedicação absoluta, exclusiva, e "Cabeça a Prêmio" é um filme grande, tem oito protagonistas, muitas locações, imagens aéreas. Ouvi uma vez que você nunca termina um filme, apenas o abandona uma hora. Estou pronto para abandoná-lo e torço para que o público o adote (risos).

Você não atua no filme. Por quê? Porque eu só queria trabalhar com bons atores (risos). Quando atua, você tem que cuidar daquele personagem e eu queria cuidar de todos.

Com que diretor de cinema você aprendeu mais? Roubei muita coisa de muita gente, mas não tenho uma influência óbvia. A convivência com o Beto Brant, com quem fiz "Os Invasores" e "Crime Delicado", foi muito especial. A Lina Chamie e o Cacá Diegues marcaram muito a minha vida. Mas, se eu fosse virar cineasta mesmo, queria ser como o Michael Mann, acho o cara um gênio.

Filmar na tríplice fronteira te influenciou de alguma forma? Mais ou menos. É a maior fronteira seca do Brasil, do qual temos só referências perversas. E fronteira é limite, por ela passa tudo que é bom e tudo que é ruim. Com os personagens é assim também. No livro do Marçal Aquino, em que o filme é baseado, a fronteira é muito mais presente. Já era quase um roteiro, mas de um filme de US$ 200 milhões. Como meu orçamento jamais seria esse, fiz uma adaptação cartesiana, a história ficou linear e mais focada no drama humano que na geopolítica.

Já se sente tão confortável fazendo cinema como TV e teatro? Não, de jeito nenhum. Acho que o que eu sei fazer mesmo é teatro, é onde me sinto útil. Só no teatro eu tenho certeza que não faço parte da seleção do Dunga.
Os atores costumam reclamar que novela consome todo o tempo. É isso mesmo? Novela é bem sacrificante, por outro lado dá uma bela organizada na vida. Mas"Tititi" tem duas coisas raras na TV: uma autora que escreve, a Maria Adelaide Amaral, e um diretor que dirige, o Jorge Fernando. E combinei de gravar só de segunda a quinta, assim viajo com o filme nos fins de semana.

Você ficou casado com a atriz Adriana Esteves por dez anos, e está solteiro há sete. Que estado civil te faz mais feliz? Sou muito discreto na minha vida pessoal, e meu casamento não foi um casamentão tradicional, mas foi tão legal que o tempo passou e a gente nem percebeu. Temos um filho, o Felipe, e somos muito amigos. E não oficializei nada mas não fiquei sozinho nesses sete anos. Agora estou namorando e comecei a pensar em casar de novo, ter mais filhos, é uma experiência que eu gostaria muito de repetir.

 

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