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Documento e hacker apontam fragilidades no controle aéreo
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BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se dificilmente um avião pode ser atacado por malwares e hackers, a história é outra no tráfego aéreo.
Em 2009, uma auditoria feita pelo departamento de transportes dos EUA revelou vulnerabilidades em sistemas que suportam as operações de tráfego aéreo do país.
Segundo o documento, os aplicativos de rede usados nesses processos não são seguros para prevenir ataques e acessos sem autorização. Ele também diz que a FAA, a agência responsável pela aviação civil dos EUA, não estabeleceu meios para monitorar invasões e detectar potenciais incidentes de natureza cibernética nas instalações de controle aéreo.
Testes feitos durante a auditoria revelaram 3.857 vulnerabilidades. Dessas, 763 foram consideradas de "alto risco" e poderiam dar a hackers acesso a sistemas administrativos, que, consequentemente, poderiam abrir a porta para sistemas de operações de controle aéreo.
Ao "Wall Street Journal", Laura Brown, representante da FAA, disse, na época, não ser possível ter acesso ao controle de tráfego por meio de redes administrativas, pois elas não seriam "diretamente conectadas".
HACKER
O documento parece ter inspirado hackers. Righter Kunkel, especialista em segurança e piloto nas horas vagas, fez participações na Defcon, maior conferência mundial de hackers, falando sobre os problemas do tráfego aéreo nos EUA.
Em uma delas, ele mostrou ser possível congestionar e derrubar os servidores que recebem os planos de voo dos pilotos, e assim, paralisar decolagens.
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