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06/06/2011 - 14h50

Jornal chinês diz que Google pode pagar por acusação de hacking

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DA REUTERS, EM PEQUIM

O Google tornou-se uma "ferramenta política" para atacar o governo chinês, afirmou um jornal oficial de Pequim nesta segunda-feira (6), alertando que as declarações do gigante mundial das buscas on-line sobre ataques de hackers originados da China poderiam prejudicar seus negócios.

O aviso ríspido foi publicado na edição internacional do "Diário do Povo", o principal jornal do Partido Comunista chinês, e indica que as tensões entre Estados Unidos e China quanto à segurança na Internet podem persistir.

Na semana passada, o Google anunciou que havia barrado um esforço para roubar senhas de centenas de contas do Gmail, entre as quais algumas pertencentes a funcionários do governo norte-americano, ativistas chineses dos direitos humanos e jornalistas. A empresa alegou que os ataques parecem ter se originado da China.

O Ministério do Exterior chinês rejeitou essas acusações e o jornal do partido advertiu o Google quanto a participar de jogos políticos arriscados.

Ao alegar que ativistas chineses dos direitos humanos estavam entre os alvos do ataque dos hackers, o Google estava "deliberadamente apelando às percepções ocidentais negativas quanto à China, e dando a entender vigorosamente que os ataques de hackers eram obra do governo chinês", afirmou a edição internacional do jornal do partido governante chinês em matéria de primeira página.

"As acusações do Google à China são espúrias, têm motivos ulteriores e portam intenções malignas", afirmava o artigo, escrito por um dos editores do jornal. "O Google não deveria se envolver demais em disputas políticas internacionais, desempenhando o papel de uma ferramenta em disputas políticas", acrescentou o jornal.

"Pois quando os ventos políticos mudarem de direção, a empresa pode se ver sacrificada para fins políticos e desdenhada pelos mercados", afirmava o artigo, sem especificar de que maneira os negócios do Google poderiam ser prejudicados.

Uma porta-voz do Google afirmou que a companhia norte-americana não tem comentários sobre o artigo.

 

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