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Sprint abandona modelo 4G do tablet PlayBook, da RIM
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DA REUTERS, EM NOVA YORK
A Sprint Nextel abandonou seus planos de vender uma versão de alta velocidade do tablet PlayBook, da Research in Motion, devido à baixa demanda, o que representa novo revés para a fabricante dos celulares BlackBerry.
Oito meses depois de ser anunciada como primeira operadora parceira da RIM nos tablets, a Sprint, terceira maior operadora de telefonia móvel norte-americana, afirmou que cancelou uma versão do PlayBook que operaria em sua rede WiMax 4G.
O PlayBook vem encontrando dificuldades para concorrer com o iPad, da Apple, e o BlackBerry também está em desvantagem diante do iPhone. A Sprint diz que o cancelamento do produto foi uma "decisão mútua".
Mas Paget Alves, diretora de serviços empresariais da Sprint, afirmou que tablets com conexões Wi-Fi de curto alcance são hoje muito mais populares que os tablets para redes de longo alcance, como o WiMax.
"No momento, a maioria dos tablets só oferece acesso Wi-Fi", disse Alves à Reuters no começo da semana. "As pessoas usam tablets em locais fixos."
De sua parte, a RIM afirmou que, em lugar da versão com WiMax, priorizará o desenvolvimento de produtos para conexão no padrão LTE, rival do WiMax. A RIM disse que já está testando modelos LTE do PlayBook e que planeja iniciar testes de laboratório com operadoras dos Estados Unidos e do mercado internacional antes do final do ano.
As duas maiores operadoras de telefonia móvel norte-americanas, Verizon Wireless e AT&T, estão criando redes no padrão LTE. A AT&T não quis informar se planeja vender um PlayBook LTE.
Antes de lançar o PlayBook, em abril, a RIM informou que a Verizon venderia o aparelho, mas depois do lançamento a Verizon Wireless anunciou que estava reconsiderando a ideia. A porta-voz Brenda Raney declarou na sexta-feira (12) que a companhia ainda está estudando o assunto.
Alguns analistas criticaram escolha do padrão WiMax pela RIM como tecnologia inicial, porque já era sabido em janeiro que as duas maiores operadoras dos EUA estavam adotando uma tecnologia rival.
Mesmo a Sprint, que no momento depende da rede WiMax da Clearwire para seus serviços de alta velocidade, deve anunciar uma rede LTE própria, em outubro.
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