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24/01/2012 - 03h00

Em SP, apenas cinco grandes cidades têm alta qualidade de vida para idosos

FERNANDO SILVA
HELTON SIMÕES GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As grandes cidades de São Paulo, com população igual ou superior a 100 mil habitantes, vão mal em matéria de oferecer boas condições de vida às pessoas com mais de 60 anos. Apenas cinco delas estão entre as cem primeiras no ranking dos 645 municípios paulistas elaborado pelo governo estadual.

As cidades foram ranqueadas segundo o Índice Futuridade, elaborado pela Fundação Seade e pela Seads (Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social) e divulgado em 2009. De acordo com a pasta, ainda que os dados de população sejam de 2008, o índice continua atual.

Foram considerados os serviços oferecidos ao idoso que levassem em conta o conceito de envelhecimento ativo, que, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), inclui estruturas que garantam participação nas esferas de decisão, acesso à saúde e a serviços de lazer. Trata-se, por exemplo, de postos de saúde, Conselhos de Idosos e centros de convivência.

Entre as top 100 estão Praia Grande (29º), Valinhos (59º), São José dos Campos (86º), Sertãozinho (89º) e Santana de Parnaíba (95º). Todas abaixo da pequena Santo Antônio da Alegria, primeira colocada, com apenas 6.249 habitantes. Já São Paulo, Guarulhos e Campinas, cidades com população superior a 1 milhão de pessoas, também estão mal posicionadas. Em 503º, 560º e 466º lugares, respectivamente.

Mas o mau desempenho dos grandes municípios não quer dizer que eles não disponham dessas estruturas. De acordo com Gleuda Apolinário, da Coordenadoria de Ação Social da secretaria, isso significa que, pelo tamanho de sua população, mais serviços têm de ser ofertados para dar conta da demanda.

Maria Paula Ferreira, gerente de metodologia e estatística do Seade, concorda. Para ela, embora nas cidades pequenas o número de idosos seja proporcionalmente grande, a demanda pode ser atendida com menos serviços. Em 2008, São Paulo tinha 1,2 milhão de habitantes com idade superior a 60 anos, enquanto Santo Antônio da Alegria tinha somente 834.

"Apesar de os grandes municípios oferecerem muitas opções, até que ponto os idosos mais pobres têm maior acesso a essas ações?", pergunta Maria Paula Ferreira, do Seade.

REESTRUTURAÇÃO

O governo de São Paulo pretende ampliar a rede de assistência ao idoso no Estado em 2012.

Planeja construir e reformar centros de convivência para a terceira idade e criar um fundo de financiamento para programas sociais destinados aos idosos, nos moldes do Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente).

Dos 40 centros que começaram a ser construídos em 2009, apenas seis foram inaugurados -- nas cidades de Itu, Pompeia, Barretos, Botucatu, Agudos e Leme. "Pouco, né?", admite Garcia.

Ainda faz parte do plano criar um fundo em que o contribuinte poderá abater de seu IR (Imposto de Renda) devido doações que tiverem como destino financiar programas para idosos. A ideia é a mesma do Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente), que ajuda a custear ações sociais para menores de 18 anos. É possível destinar até 6% do valor total do IR.

###Arte Treinamento/Folhapress###

FERNANDO SILVA e HELTON SIMÕES GOMES participaram da 52ª turma do programa de treinamento em jornalismo diário da Folha, que foi patrocinado pela Philip Morris Brasil, pela Odebrecht e pela Syngenta.

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