Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/11/2012 - 16h08

Exposição em Paris homenageia jaqueta preta de Coco Chanel

DA AFP

A clássica jaqueta preta da Chanel, remodelada e fotografada por Karl Lagerfeld em cem celebridades como Yoko Ono, Kirsten Dunst, Kanye West e Uma Thurman, é a estrela da exposição no museu Grand Palais de Paris, em comemoração ao mês da fotografia.

A exibição, que abre suas portas no sábado, "não é uma homenagem" à pequena jaqueta preta.

A mostra, que estreou em Tóquio e viajou por várias cidades como Nova York e Sidney, atraiu no último final de semana, em Londres, 170 mil visitantes. Após fechar as portas em Paris, em 25 de novembro, vai viajar para Berlim e Seul.

As exibições, com entrada grátis, "nutrem a imagem da marca", disse à AFP Bruno Pavlovsky, presidente do departamento de moda da maison Chanel.

"Detesto essa palavra, soa como algo fixo", insiste o diretor criativo da maison de moda criada por Coco Chanel (1883-1971), que desenhou a peça em 1954, inspirada no vestuário masculino.

Para Lagerfeld, a jaqueta de tweed preta, com botões incrustados com o "C" da Chanel, levemente ajustada na cintura, não envelhece e está cada vez mais na moda.

"É uma peça que cada um pode reinventar à sua maneira", disse Lagerfeld em entrevista à AFP, destacando que a jaqueta preta é confeccionada, do início ao fim, no ateliê da Chanel, na França.

As fotografias apresentadas na exposição, a maioria em preto e branco, viajaram por vários continentes e foram vistas por milhares de pessoas- estão no livro "The Little Black Jacket", que incluiu 113 retratos de atrizes, modelos e cineastas vestindo a jaqueta preta.

Alguns, como o ator Tahar Ramin, combinam a jaqueta com jeans, e outras, como a apresentadora de TV Alexa Chung, com shorts mínimos, enquanto Sarah Jessica Parker levanta a jaqueta nos ombros.

"Pode ser usada de tantas maneiras diferentes", disse Lagerfeld sobre a peça que parece eterna.

O estilista alemão explicou que por isso escolheu para acompanhar o livro e a exposição um dos versos do poeta argentino Roberto Juarroz (1925-1995), de sua antologia "Poesia Vertical", que evocam roupas que "rejuvenescem" em vez de envelhecer com os anos.

Juarroz "é um poeta que adoro, eu não queria outras palavras, somente as suas, no livro e na exposição", disse Lagerfeld.

O estilista enfatizou que outra protagonista da mostra dedicada à icônica peça é a ex-diretora da edição francesa da revista Vogue, Carine Roitfeld, que foi quem colocou sob os holofotes todo o trabalho. "Não poderia ter feito sem ela ", disse.

A exposição mostra que a jaqueta faz parte do armário de atrizes como Tilda Swinton e Anna Mouglalis, uma das musas da Chanel, além dos estilistas Haider Ackerman, Alexander Wang e Olivier Theyskens. Aparece também nos armários dos filhos de algumas celebridades, fotografados por Lagerfeld usando a jaqueta.

"É importante que todos os nossos clientes" no mundo "compreendam que a Chanel é uma história que existe há muito tempo, baseada na modernidade e em códigos muito fortes criados por Mademoiselle Chanel e reinterpretados há tempos por Karl Lagerfeld", concluiu.

Benoit Tessier/Reuters
Exposição em homenagem à jaqueta preta da estilista de Coco Chanel no museu Grand Palais, de Paris
Exposição em homenagem à jaqueta preta da estilista de Coco Chanel no museu Grand Palais, de Paris
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página