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Engenhos do brejo paraibano mostram produção de cachaça
DA ENVIADA À PARAÍBA
Além de ser uma boa lembrança para levar da Paraíba, a cachaça, um dos principais produtos regionais, rende um passeio diferente pelas cidades do brejo paraibano.
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Numa região serrana, o brejo tem temperaturas mais amenas e abriga os engenhos de cana-de-açúcar responsáveis pela fabricação de algumas das aguardentes mais conhecidas do Estado.
Só a cidade de Areia conta com 28 engenhos produtores de cachaça e de rapadura. Suas casas de fachadas coloridas e arquitetura colonial fizeram com que Areia fosse tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A cidade conserva o teatro Minerva, o mais antigo da Paraíba.
É em Areia que funciona o engenho Triunfo (0/xx/83/3362-2390), construído em 1994 e responsável pela produção da cachaça de mesmo nome. O engenho é administrado pelo casal Antonio Augusto e Maria Júlia Baracho, com a ajuda dos filhos.
Enquanto Antonio cuida da fabricação da bebida, Maria Júlia é responsável pelos passeios guiados. O local começou a receber turistas em 2006 e hoje atrai até 400 visitantes todas as semanas.
As visitas podem ser feitas todos os dias, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h (aos domingos, o engenho só abre na parte da manhã). O ingresso custa R$ 5 e não é permitida a entrada de crianças e adolescentes.
A menos de 20 km de distância, na cidade de Alagoa Grande, é produzida outra cachaça bastante famosa na Paraíba. Passado de pai para filho, o engenho Lagoa Verde fabrica a bebida desde o século 19 e em 1946 criou a marca Volúpia (www.cachacavolupia.com.br ), que já recebeu prêmios.
Vanessa Correa da Silva/Folhapress |
Fachadas coloridas no centro histórico de Areia, cidade do brejo paraibano que abriga engenhos de cana-de-açúcar |
O engenho recebe visitas todos os dias, das 8h às 16h. O tour é gratuito e conduzido por funcionários do local, que mostram as diferentes etapas do processo de fabricação da cachaça, desde a moagem da cana-de-açúcar até o engarrafamento, passando pela fermentação, pela destilação e pelo envelhecimento da bebida.
Com sorte, é possível ser acompanhado por Vicente Otávio Lemos, que pertence à quinta geração de proprietários do engenho e hoje administra o local.
Quando não está em seu escritório em João Pessoa, ele faz questão de acompanhar os grupos que visitam o Lagoa Verde, explicando o funcionamento do engenho, contando curiosidades sobre a cachaça e, com tempo, participando de uma boa conversa durante um almoço no restaurante do lugar. (VANESSA CORRÊA DA SILVA)
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