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27/12/2012 - 08h40

Família deixa gerência do Harry's Bar

John Hooper
DO 'GUARDIAN'

Luigi Costantini/Associated Press
Arrigo Cipriani, dono do Harry's Bar
Arrigo Cipriani, dono do Harry's Bar

Arrigo Cipriani, o proprietário do lendário Harry's Bar, em Veneza, há mais de 60 anos vem atendendo aos pedidos de bebedores exigentes, de Ernest Hemingway e Humphrey Bogart a Orson Welles e Truman Capote.

Mas, com o movimento 20% a 30% menor nos últimos quatro anos e um impasse sobre um acordo para reduzir a participação dos empregados nos lucros da empresa, ele foi obrigado a deixar a gerência do bar.

Em troca de uma moratória da dívida de € 6 milhões da holding da família, os bancos insistiram em deixar Cipriani de lado em favor de executivos colocados pelo fundo de investimento que fez parceria com a família.

SERVIÇO ATENTO

O bar, famoso por seu coquetel Bellini (suco de pêssego branco e prosecco), seu carpaccio suculento e seus preços desafiadores, tem nada menos que 70 empregados para assegurar um serviço superatento.

"Essa é a nossa filosofia", declarou Cipriani. "Mas os salários deles estão ficando muito altos. O custo dos nossos empregados é de 55% do volume de negócios, comparado com 33% no Harry's Bar de Londres."

Cipriani afirma que tentou fazer com que seus cozinheiros e garçons aceitassem um corte no pagamento.

"Tudo seria fácil em outro lugar. Mas quando você faz isso na Itália, precisa lidar com os sindicatos", disse.

Cipriani, que assumiu a gerência do bar em 1950, afirmou que a mudança não significa que ele vá deixar de trabalhar no Cipriani.

Mas negociações futuras com os empregados serão feitas por dois representantes do fundo de investimentos dono de 20% da firma que é proprietária do Harry's Bar original, na beira do Canal Grande, assim como filiais pelo globo, de Los Angeles a Abu Dhabi.

O nome do bar remete à história de sua fundação segundo seu primeiro dono, Giuseppe Cipriani, que conta ter emprestado dinheiro a um jovem americano chamado Harry Pickering.
Anos depois, o jovem voltou e deu a ele um grande valor, e Giuseppe abriu o bar em 1931, batizando-o em homenagem a seu benfeitor.

 

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