Países adotam fundo multibilionário de preservação da natureza

Objetivo é destinar US$ 200 bilhões por ano para iniciativas de conservação até 2030

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Reuters

Líderes ambientais de 185 países se reuniram nesta quinta-feira (24) em Vancouver, no Canadá, para adotar um fundo multibilionário para apoiar a conservação global. A ONU (Organização das Nações Unidas) destacou que as contribuições são necessárias para ajudar a proteger 30% das terras e áreas costeiras até 2030.

A reunião ocorre oito meses após os governos terem concordado com o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal –que alguns chamaram de Acordo de Paris para a Natureza, em referência ao histórico pacto da ONU de 2015 para combater as mudanças climáticas.

Cardume nada perto de corais
Peixes e corais na Grande Barreira de Coral, na Austrália - Lucas Jackson - 25.out.2019/Reuters

Uma das 23 metas é ajudar a mobilizar os setores público e privado para canalizar US$ 200 bilhões por ano (cerca de R$ 977 bilhões) para iniciativas de conservação até 2030. O objetivo é que os países desenvolvidos contribuam com pelo menos US$ 20 bilhões (R$ 97 bilhões) todos os anos até 2025.

"Começamos bem", disse David Cooper, secretário-executivo interino da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. "Pedimos agora mais compromissos por parte dos países e de outras fontes para que os primeiros projetos no âmbito do novo fundo possam ser lançados no próximo ano."

Até agora, o fundo ficou abaixo dos US$ 200 milhões necessários para se tornar totalmente operacional até dezembro, conforme exigido pelo Banco Mundial como administrador. O Canadá disse nesta quinta-feira que investirá 200 milhões de dólares canadenses (US$ 147 milhões) e o Reino Unido afirmou que contribuirá com 10 milhões de libras (US$ 13 milhões).

O fundo lançado na quinta-feira é gerido no âmbito do Fundo Global para o Ambiente (GEF, na sigla em inglês), um mecanismo estabelecido no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que forneceu mais de US$ 23 bilhões a milhares de projetos nos últimos 30 anos.

Os países menos desenvolvidos e os pequenos estados insulares terão prioridade e receberão mais de um terço dos fundos, com uma meta de até 20% destinados a projetos liderados por povos indígenas e comunidades locais, afirmou o GEF num comunicado.

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