Proposta apresentada a servidores em paralisação é a última, diz secretário de Meio Ambiente

Segundo João Paulo Capobianco, não há mais margem de negociação porque outras carreiras pressionam por reajuste

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São Paulo

A proposta apresentada pelo governo federal aos servidores ambientais, paralisados desde o início do ano, é a última e não deve mudar mais, segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.

"O anúncio feito pela ministra Esther [Dweck da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos] é que não há mais margem de negociação. É esse ou não terá mais, porque outras carreiras estão pressionando pelo reajuste", disse Capobianco à Folha após evento organizado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), em São Paulo, nesta segunda-feira (22).

"[Inicialmente], priorizou-se algumas carreiras, entre elas os analistas ambientais pela importância estratégica", completou.

Marina e Capobianco caminhando
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e João Paulo Capobianco, secretário-executivo da pasta, no Itamaraty, em Brasília - Evaristo Sa - 27.fev.2022/AFP

No evento, ele listou uma série de ações do governo na área ambiental e à Folha, posteriormente, destacou o papel dos servidores públicos na elaboração, implementação e análise dessas políticas.

No início do mês, os servidores terminaram a análise prévia da nova proposição do Executivo. O grupo em paralisação avalia que ela tem avanços, mas não atende às demandas apresentadas e prejudica os novos ingressantes na carreira ambiental.

O governo propõe um reajuste geral de 20% a 30% dos salários, e a expectativa de membros do Executivo era de que essa proposta fosse bem recebida pela categoria —o que não aconteceu.

A categoria contesta o percentual apresentado pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e calcula que ele é, na verdade, de 19% a 26%, e traria uma redução para novos trabalhadores.

Os servidores calculam que houve redução de até 6% para os salários de novos contratados, que as distorções da carreira não foram corrigidas e que a remuneração não foi equiparada aos parâmetros da ANA (Agência Nacional de Águas), como era esperado pelo grupo.

Segundo o secretário do Meio Ambiente, o valor citado pelo governo é o correto. "O Ministério da Gestão já anunciou que chegou ao limite. É um momento economicamente difícil. O governo tem muitas restrições e está buscando encontrar soluções para resolver problemas bastante complexos. Essa limitação se traduz no quanto o governo consegue chegar nos reajustes das carreiras", diz Capobianco.

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