Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/07/2010 - 17h49

BP deve pagar por dano e continuar como companhia estável, diz Cameron

Publicidade

DA EFE, EM WASHINGTON

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta terça (20) que a companhia petrolífera BP deve limpar o vazamento no golfo do México, pagar as indenizações que lhe correspondem e "continuar como uma companhia estável e forte".

Em declarações próximo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, após sua reunião na Casa Branca, Cameron fez alusão às críticas sobre o suposto papel da BP na libertação do autor do atentado de Lockerbie, o líbio Abdelbaset al Megrahi, e lembrou que aquela libertação "foi uma decisão do governo autônomo escocês, não da companhia petrolífera".

Por sua vez, Obama disse que dará "as boas-vindas" a qualquer nova informação sobre como a libertação Megrahi aconteceu. O terrorista foi devolvido à Líbia porque, supostamente, sofria de câncer de próstata terminal.

Um ano depois da libertação Megrahi, o único condenado pelo atentado que custou a vida de 270 pessoas ao explodir um avião americano quando sobrevoava a localidade escocesa de Lockerbie em 1989, segue vivo e em liberdade na Líbia, sem que tenham sido detectados indícios de uma piora de seu estado de saúde.

Os meios de comunicação britânicos disseram que a BP pressionou a favor da libertação de Megrahi, pois buscava concessões petrolíferas em águas líbias.

Na época, tanto Cameron - então líder da oposição - como o governo dos Estados Unidos criticaram duramente a decisão do governo autônomo escocês, ao considerar que Megrahi deveria ter cumprido plenamente sua condenação de cadeia perpétua.

Em suas declarações hoje, o primeiro-ministro do Reino Unido se declarou contra a abertura de uma investigação sobre a libertação do terrorista líbio. "Não é preciso uma investigação para dizer que foi uma decisão ruim", afirmou Cameron.

Sobre a BP, Cameron disse que entende a frustração nos Estados Unidos contra a companhia petrolífera por sua responsabilidade no vazamento e assegurou que, em suas conversas com os executivos da companhia, está de acordo de que a empresa deve pagar os custos do acidente e limpar a mancha negra.

No entanto, é "uma companhia importante e convém a nossos dois países que siga sendo uma empresa estável e forte", ressaltou o primeiro-ministro inglês.

O vazamento no golfo do México começou após a explosão no dia 20 de abril de uma plataforma operada pela BP e seu posterior afundamento.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página