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A frequência da aparição de dolinas no Equador preocupa o país. O fenômeno –de causas naturais, na maioria das vezes– é representado pelo surgimento repentino de um buraco no solo e atinge 22 das 24 províncias equatorianas.
A incidência das dolinas é retratada regularmente pela imprensa local, principalmente quando ocorre em plena cidade, quando provoca pânico dos moradores. Cada vez mais, o temor de ver a terra se abrir sob os pés é maior: neste ano, o fenômeno ocorreu 93 vezes no Equador, 53% a mais do que em 2020 (59 registros) e também superior a 2019, quando ocorreu 74 vezes.
A última dolina aconteceu na quarta-feira (22), destruindo uma dúzia de casas e uma estrada perto do vilarejo andino de Chimbo. O solo cedeu no meio da madrugada. Cinco famílias foram atingidas, e desta vez ninguém morreu.
Na maior parte das ocorrências, o fenômeno acontece por causas naturais, como consequência de chuvas torrenciais, ressecamento dos lençóis freáticos ou desmoronamento de grutas subterrâneas. Mas, por vezes, o responsável pela aparição da abertura é o homem.
Há duas semanas, no sul do país, casas e escolas desmoronaram em Zaruma, pequena cidade a 50 quilômetros de túneis subterrâneos construídos ilegalmente por garimpeiros clandestinos.
Em fevereiro de 2020, foi a vez de a cascata mais conhecida do Equador, de 150 metros de altura, desaparecer.
"Eu estava no meu sítio e me surpreendi quando um buraco de dez metros de diâmetro se abriu no rio Coca. Depois, aumentou para 30 metros e, em duas semanas, a cascata São Rafael tinha sumido", relembra o guia turístico Jairo Cabrera, que vivia da renda das visitas ao local. "Agora, não temos mais a maior e mais bela cascata do país", lamenta.
Desde então, a dolina de São Rafael provoca um fenômeno de erosão que destrói os córregos do rio e ameaça até a central hidrelétrica de Coca Codo Sinclair, a maior do Equador.
Os especialistas não chegaram a um consenso sobre as causas do fenômeno: alguns apontam que a cascata se encontrava em uma área com forte atividade sísmica, mas outros apontam que a construção da barragem desestabilizou o solo.
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