Rússia proíbe atividades da ONG ambiental WWF
Procuradoria-Geral afirmou que as atividades da organização representam "ameaças à segurança no âmbito econômico"
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A Rússia classificou como uma "organização indesejável" o braço do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) no país. A medida anunciada nesta quarta-feira (21), na prática, proíbe as atividades da ONG ambientalista em território russo.
Em um comunicado, a Procuradoria-Geral afirmou que as atividades da organização representam "ameaças à segurança no âmbito econômico".
O texto também acusa a WWF de preparar avaliações tendenciosas, impedir a implementação da política do país para o desenvolvimento industrial do Ártico e de "desenvolver e legitimar restrições que podem servir de base para deslocar a rota marítima do Norte para a zona econômica exclusiva dos Estados Unidos".
Na Rússia, as organizações oficialmente classificadas como "indesejáveis" estão proibidas de abrir escritórios, realizar projetos, ou divulgar informações, ou relatórios, de acordo com a ONG especializada OVD-Info. A medida também expõe os funcionários e voluntários da WWF à perseguição judicial.
Em março, a organização ambientalista já havia sido classificada como "agente estrangeiro" por Moscou, um rótulo que comprometeu seriamente suas atividades.
Desde o início da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022, as autoridades russas aumentaram a repressão contra críticos, desde opositores políticos até o setor cultural. No mês passado, uma decisão semelhante foi tomada contra o Greenpeace.
A pressão econômica sobre a Rússia, devido às sanções ocidentais relacionadas ao conflito, também tem levado as autoridades a marginalizar ainda mais as preocupações ambientais em favor do desenvolvimento industrial.
No Brasil, recentemente, a pressão contra grupos ambientalistas vem do Senado, que aprovou a instalação da CPI das ONGs. A ideia seria apurar denúncias de que recursos públicos direcionados às ONGs não chegam às comunidades e são usados para bancar as próprias entidades.
Até esta terça-feira (20), no entanto, a cúpula da comissão aprovou convites para ouvir autoridades, entre eles Marina Silva (Rede-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), lideranças indígenas e pesquisadores, mas quase nenhum às organizações não-governamentais em si.
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