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Descrição de chapéu Rússia

Rússia proíbe atividades da ONG ambiental WWF

Procuradoria-Geral afirmou que as atividades da organização representam "ameaças à segurança no âmbito econômico"

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Moscou | AFP

A Rússia classificou como uma "organização indesejável" o braço do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) no país. A medida anunciada nesta quarta-feira (21), na prática, proíbe as atividades da ONG ambientalista em território russo.

Em um comunicado, a Procuradoria-Geral afirmou que as atividades da organização representam "ameaças à segurança no âmbito econômico".

O texto também acusa a WWF de preparar avaliações tendenciosas, impedir a implementação da política do país para o desenvolvimento industrial do Ártico e de "desenvolver e legitimar restrições que podem servir de base para deslocar a rota marítima do Norte para a zona econômica exclusiva dos Estados Unidos".

Em 2011, celebrações dos 50 anos da WWF incluíram ação com 1.600 esculturas de pandas distribuídas ao lado de lago em Genebra, na Suíça. ONG banida na Rússia usa o urso como mascote desde a sua fundação, em 1961 - Sebastien Feval - 2.set.2011/AFP

Na Rússia, as organizações oficialmente classificadas como "indesejáveis" estão proibidas de abrir escritórios, realizar projetos, ou divulgar informações, ou relatórios, de acordo com a ONG especializada OVD-Info. A medida também expõe os funcionários e voluntários da WWF à perseguição judicial.

Em março, a organização ambientalista já havia sido classificada como "agente estrangeiro" por Moscou, um rótulo que comprometeu seriamente suas atividades.

Desde o início da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022, as autoridades russas aumentaram a repressão contra críticos, desde opositores políticos até o setor cultural. No mês passado, uma decisão semelhante foi tomada contra o Greenpeace.

A pressão econômica sobre a Rússia, devido às sanções ocidentais relacionadas ao conflito, também tem levado as autoridades a marginalizar ainda mais as preocupações ambientais em favor do desenvolvimento industrial.

No Brasil, recentemente, a pressão contra grupos ambientalistas vem do Senado, que aprovou a instalação da CPI das ONGs. A ideia seria apurar denúncias de que recursos públicos direcionados às ONGs não chegam às comunidades e são usados para bancar as próprias entidades.

Até esta terça-feira (20), no entanto, a cúpula da comissão aprovou convites para ouvir autoridades, entre eles Marina Silva (Rede-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), lideranças indígenas e pesquisadores, mas quase nenhum às organizações não-governamentais em si.

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