Desastres climáticos já deslocaram milhões de crianças, diz Unicef
Órgão aponta que, em seis anos, 43 milhões de crianças precisaram sair de suas casas devido a catástrofes como enchentes e queimadas
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O Unicef, agência da ONU para a infância, disse nesta sexta-feira (6) que inundações, tempestades e outros desastres climáticos têm expulsado milhões de crianças de suas casas, e que a situação tende a se deteriorar se medidas não forem tomadas.
Foram registrados 43,1 milhões de deslocamentos internos de crianças em 44 países entre 2016 e 2021 por causa de eventos como secas e incêndios florestais, de acordo com a organização.
O Unicef registrou o maior número de deslocamentos de crianças relacionados ao clima na região do Leste Asiático e do Pacífico, devido a uma combinação de perigos nessa região, seguida pelo sul da Ásia.
Entre os países com os maiores números absolutos estão a China e as Filipinas, o que é motivado por sua exposição a eventos climáticos extremos, suas grandes populações infantis e capacidades de evacuação.
"À medida que os impactos das mudanças climáticas aumentam, o mesmo acontece com os movimentos causados pelo clima", disse a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, em um comunicado. "Temos as ferramentas e o conhecimento para responder a esse desafio cada vez maior para as crianças, mas estamos agindo devagar demais."
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais comuns devido às mudanças climáticas, causadas pela emissão de gases de efeito estufa das atividades humanas.
Segundo o relatório "Crianças Deslocadas em um Clima em Mudança", elaborado pelo órgão da ONU, inundações e tempestades foram responsáveis por 95% dos deslocamentos de crianças durante o período de seis anos.
O estudo prevê que cerca de 96 milhões de crianças terão que sair de suas casas devido somente a enchentes de rios nas próximas três décadas —uma média de quase 3,2 milhões de crianças por ano.
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