Siga a folha

Descrição de chapéu

O que é o 'rosto assustador' captado no espaço pelo telescópio Hubble

A imagem mostra uma colisão entre duas galáxias, mas muito mais violenta que o normal

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

BBC News Brasil

Parece o rosto de um fantasma ou alienígena, observando nosso planeta com seus olhos enormes e brilhantes.

A imagem acima foi capturada em junho pelo telescópio Hubble, que pertence às agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), mas só foi divulgada nesta semana, como parte das comemorações do Halloween.

"Quando os astrônomos olham as profundezas do espaço, não esperam encontrar algo olhando de volta para eles", diz o comunicado da Nasa sobre a descoberta.

Visto na imagem captada pelo telescópio Hubble, o Arp-Madore 2026-424 tem aparência assustadora - Nasa/ESA

Mas o fenômeno fotografado não tem nada de sobrenatural.

A imagem mostra uma colisão entre duas galáxias, mas muito mais violenta que o normal:

"Uma colisão frontal titânica", afirmam a Nasa e a ESA.

'Interações incomuns entre galáxias'

O fenômeno que o Hubble capturou está listado no "Catálogo de Galáxias e Associações Peculiares do Sul", elaborado pelos astrônomos Halton Arp e Barry Madore entre 1966 e 1987, a 704 milhões de anos-luz da Terra.

É daí que vem o nome — nada assustador — do que vemos na foto: sistema Arp-Madore 2026-424 (AM-2026-424).

O catálogo em que está inserido foi criado para inventariar milhares de interações incomuns entre galáxias.

E, como seu nome indica, o AM 2026-424 apresenta certas peculiaridades.

Forma de anel

Os "olhos" do "rosto fantasmagórico" são o núcleo de cada galáxia.

Anéis de estrelas azuis jovens e discos de gás e poeira das galáxias dão forma ao rosto, nariz e boca do "espectro".

As agências espaciais enfatizam que, embora as colisões de galáxias sejam comuns na formação do universo, os choques frontais não são.

Essas colisões violentas dão origem à forma anelar do sistema.

"As galáxias em forma de anel são raras; apenas algumas centenas residem em nossa vizinhança cósmica. As galáxias precisam colidir na direção certa para criar o anel", afirmam a Nasa e a ESA.

Outra característica "frequente" da colisão entre galáxias é que uma grande se choca com uma menor e a devora, acrescentam as agências.

Mas, neste caso, o tamanho semelhante dos "olhos" do sistema AM 2026-424 sugere que as duas galáxias são aproximadamente do mesmo tamanho.

Os astrônomos estimam que esse fenômeno manterá sua aparência "assustadora" por "apenas" aproximadamente 100 milhões de anos:

"As duas galáxias vão se fundir completamente em aproximadamente 1 a 2 bilhões de anos".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas