Siga a folha

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Bloco da desimportância é puxado por Sergio Moro

Dele fazem parte Bretas, Witzel e Temer, que após a superexposição vão desaparecendo

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paulo Francis gostava de escrever que fulano "desponta para o anonimato". Pois os fulanos continuam, em maior número e com desatinada velocidade, florescendo para a obscuridade. Há uma fila deles, que foram mais ou menos influentes na política. Todos buscaram os 15 minutos de fama usando a superexposição nas redes. Depois perderam força sob o peso de seus atos.

Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, conhecido pela atuação na Lava Jato, confeccionou seu destino com paciência de ourives. Afastado do cargo sob suspeita de conduta irregular, dedica-se à carreira de coach jurídico. No Instagram, apresenta vídeos sobre liderança e direito; aborda assuntos relacionados a "Deus e Família". Ao menos, não posta mais fotos de camiseta regata puxando ferro na academia.

Bretas era conhecido como o Sergio Moro carioca. Em sua luta para ficar em evidência e não se transformar no Marcelo Bretas de Curitiba, o senador Moro tem uma única estratégia: bater em Lula. Vai longe o tempo em que era representado como o Super-Homem, inflado boneco gigante em frente ao Congresso. O STF acaba de abrir inquérito contra ele por suposta fraude em delação.

O ex-governador Wilson Witzel, cassado após três anos de mandato, trocou o desejo de atirar na cabecinha pelo trabalho no escritório de advocacia. Witzel tentou se eleger em 2022, mas teve a candidatura impugnada. Sua mulher concorreu a deputada federal e não foi eleita. Um de seus clientes é o truculento jogador Felipe Melo. Não faltará empatia entre os dois.

Com impopularidade recorde, Michel Temer conseguiu encolher sendo presidente da República. Agora quer se vender como conselheiro, mas é mais oco que o conselheiro Acácio (e sem a graça do personagem de Eça). Sua chance de voltar às manchetes está na reabertura, já solicitada, do longo processo sobre o esquema de corrupção no porto de Santos.

O juiz afastado Marcelo Bretas, em foto que publicou em rede social em dezembro - Marcelo Bretas no Facebook

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas