Siga a folha

Maconha seria ótimo negócio para o governo britânico

Governo conseguiria levantar R$ 3,5 bilhões por ano se legalizasse consumo da droga

Homem se prepara para acender cigarro de maconha em protesto pela legalização da erva em frente ao Parlamento britânico, em Londres - Mary Turne - 10.out.17/Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Legalizar o consumo da maconha, ao que parece, seria um excelente negócio para a economia e o governo do Reino Unido.

Apenas em impostos, o governo conseguiria levantar, pelo menos, R$ 3,5 bilhões todos os anos se legalizasse o consumo da droga.

Os dados foram apresentados recentemente pelo insuspeito Institute of Economic Affairs, uma organização privada conservadora que estuda a economia e defende o livre mercado no país desde a década de 1950.

Segundo os dados do IEA, o governo britânico economizaria ainda R$ 1,5 bilhão em tratamentos de saúde e em ações policiais contra o consumo da droga.

Ou seja, no total, diz o instituto, o governo britânico teria um lucro possível de mais de R$ 5 bilhões caso aceitasse a ideia de que não é crime consumir maconha.

A organização passou algum tempo estudando o consumo da droga do ponto de vista do mercado econômico. E chegou à conclusão de que nada menos do que 255 toneladas da erva foram consumidas no país no ano fiscal de 2016/2017, com os consumidores pagando um total agregado de R$ 13,2 bilhões pelo produto.

Trata-se da droga ilegal mais consumida no Reino Unido.

Segundo o instituto, caso esse mercado fosse legalizado, e o governo passasse a cobrar (altos) impostos de 30% sobre o produto, a Inland Revenue (a receita federal do país) arrecadaria bilhões —e as autoridades sanitárias teriam controle sobre a maconha. Isso, provavelmente, diz o instituto, também diminuiria muitos problemas de saúde dos consumidores.

Vários países como o Uruguai, Portugal e provavelmente nos próximos dias o Canadá, já decidiriam legalizar a maconha —trazendo possíveis benefícios pelo menos para as autoridades fazendárias.

No Reino Unido, até o ex-líder do Partido Conservador e ex-ministro das Relações Exteriores William Hague defendeu a legalização da droga.

E, recentemente, o ministro do Interior, Sajid Javid, liberou o consumo de óleo de maconha para uma criança de 12 anos que precisa do produto para um tratamento de epilepsia.

Para os defensores da maconha, esses seriam os primeiros passos para a legalização da droga no país.

Mas a discussão ainda engantinha no Reino Unido. E o Institute of Economic Affairs não colocou no debate e nem calculou possíveis custos e efeitos negativos no sistema de saúde caso a maconha seja legalizada de fato.

O governo já deu um indício de como essa discussão vai se desenvolver: prometeu, pelo menos, revisar e debater o uso da maconha para efeitos medicinais abrangendo toda a população. É um primeiro passo. Que pode render bilhões.​

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas