Siga a folha

[an error occurred while processing this directive]

Respondendo às críticas ao liberalismo

Liberalismo é a única filosofia política que nos trata como adultos

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Um leitor escreveu sugerindo, muito razoavelmente, que eu respondesse às críticas ao liberalismo que são feitas com frequência. Fico contente por receber a mensagem.


Gostaria que entendessem, porém, que quando eu defendo o liberalismo, por exemplo, no comércio exterior, eu estou na verdade respondendo indiretamente à afirmação antiliberal de que impedir uma pessoa de comprar qualquer coisa no exterior é bom para todos os brasileiros, com a alegação de que isso "preserva os empregos no país".

Quando defendo o liberalismo, no discurso ou na opção de gênero, estou na verdade respondendo indiretamente às afirmações contrárias e estatistas de que o Estado, ou a "sociedade" (ou seja, "nós"), não deve dar permissão em tais assuntos.

Liberdade é liberdade, e abrir exceções porque, digamos, alguém não gosta de gays, ou de negros, ou de pessoas com opiniões irritantes, só leva à tirania.

O prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília - Pedro França/Agência Senado

Ou seja, acredito que existem fortes evidências históricas e científicas de que o liberalismo é o melhor para os humanos, para você, para mim. É a única filosofia política que nos trata como adultos, não como crianças; que nos trata como cidadãos, não como escravos. Não existe um meio-termo no qual você e eu possamos nos assentar. Ou você quer ser adulto em uma sociedade de adultos ou não.

Entenda que a minha versão do liberalismo, e a do novo presidente da Argentina, não tem nada a ver com, digamos, o Partido Liberal de Jair Bolsonaro ou com o uso bizarro da palavra nos Estados Unidos, onde durante um século significou "social-democracia, tendendo ao socialismo puro". Naquele vocabulário, Lula é um liberal. Não.

Mas deixe-me tentar responder a uma objeção séria feita ao liberalismo.

Ela foi articulada um dia por um querido primo meu, que disse: "Bem, uma economia moderna, complexa, obviamente precisa de uma regulamentação moderna e complexa". A ideia é que no século 19 a economia era simples —por exemplo, no Brasil e no meu país, havia uma economia escravagista. Hoje é complexa.

Sim, a economia moderna é muito mais complexa do que aquela em que um senhor ordenava ao seu escravo que cortasse cana-de-açúcar. Mas isso não significa que nossos senhores no Estado saibam o que fazer em relação à complexidade. Não significa que a economia possa ser dirigida. Na verdade, é exatamente o contrário. A economia moderna é como a evolução biológica, altamente complexa e altamente imprevisível.

Melhor deixar isso quieto. Liberalismo.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas