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Jornalista e comentarista de política

Fuga dos extremos

Nunes vai isolar extremistas para fugir do embate entre Lula e Bolsonaro na campanha

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A disposição do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) de fazer da eleição de 2024 um ensaio para 2026 e, notadamente em São Paulo reeditar o embate de 2022 entre ele e Jair Bolsonaro (PL), impõe um desafio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB): manter o foco nos problemas da cidade em sua campanha pela reeleição.

Nunes está convicto de que, se dançar conforme a música de Lula, corre o risco de cair numa armadilha. Por isso, seu tom será outro. "Vou sair da discussão de terceiro turno da eleição presidencial" avisa, concentrado que estará em estabelecer as diferenças entre Guilherme Boulos, candidato do PSOL, e ele na capacidade de administrar a maior cidade do país.

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em de ônibus na inauguração hora do programa 'Domingão Tarifa Zero' - Phillippe Watanabe - 17.dez.23/Folhapress

A questão é desafiadora porque não depende só da vontade dele nem dos dez partidos que, por ora, compõem a sua aliança. Lula conta com a força política e midiática da Presidência, além de ter batido Bolsonaro na capital, onde as pesquisas registram alta rejeição ao ex-presidente —68% dizem não votar em candidato apoiado por ele— de quem Nunes espera herdar os eleitores.

O prefeito sabe da dificuldade. Pensando nisso, iniciou uma ofensiva de agendas conjuntas com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a fim de transmitir à população o recado da importância da parceria entre estado e município para o bom andamento dos trabalhos urbanos.

Na política, baterá na tecla da marca de centro, segundo ele preferência histórica do eleitorado local. Cita a dinastia de tucanos, acrescenta Gilberto Kassab e lembra Marta Suplicy e Fernando Haddad como exemplos de políticos de esquerda derrotados nas tentativas de reeleição.

E Bolsonaro no palanque? O prefeito sai de lado: "Tenho gratidão, ajudou a cidade como presidente". E Simone Tebet, sua companheira de partido, estará junto na foto? "Cada qual em seu momento, no quadrado adequado."

E os bolsonaristas extremados? Nunes só faz um gesto: corre a mão direita para a esquerda, como quem deixa algo de lado.

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