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Hyundai renova design e aumenta espaço interno do HB20

Empresa apresenta a segunda geração de um modelo que é sucesso de mercado

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Estacionadas sobre plataformas giratórias, as três versões do futuro Hyundai HB20 são exibidas a jornalistas brasileiros no centro de design da montadora, em Seul, na Coreia do Sul. Os carros não podem ser fotografados nem têm motor. Por enquanto, se resumem a projeções em tamanho real.

SangYup Lee, vice-presidente e chefe de design da marca, exibe os detalhes do produto. Ele está ansioso para ouvir a opinião da plateia.

A empresa passa por seu maior desafio no Brasil: apresentar a segunda geração de um modelo que é sucesso de mercado. Há tempos não se vê isso: uma montadora ainda jovem no país apresentando pela primeira vez a renovação de um veículo de sucesso feito para o mercado nacional.

Versão de teste do novo HB20, da Hyundai, apresentada em Seul ainda sem o acabamento definitivo - Divulgação

É mais ou menos o que fez a Volkswagen quando mudou o Gol em 1994, com a diferença de que, naquela época, a fabricante do carro mais vendido do país já tinha um longo histórico local.

Para não errar, a Hyundai mantém as caraterísticas básicas do HB20. Seu êxito é pautado no design e na percepção de qualidade do acabamento interior. Novos itens irão chegar, e os executivos não disfarçam o orgulho ao falar do sistema que freia o carro sozinho em situações de emergência.

Após olhar o carro estático, vem a oportunidade de dirigir uma versão de teste, ainda sem o acabamento definitivo, mas com o motor 1.0 turbo que volta modernizado à linha. São 120 cv de potência agora conciliada a um câmbio automático de seis marchas.

A volta curta na pista cheia de curvas fechadas mostrou que a nova versão é esperta e que a posição de dirigir continua sendo um ponto forte.

O espaço interno cresceu, embora a base seja a mesma. A Hyundai mudou a plataforma, aumentou a rigidez do carro, enfim, melhorou um produto que, apesar de se manter na segunda colocação em vendas (atrás do Chevrolet Onix), havia envelhecido após quase sete anos de mercado sem grandes mudanças.

Mas toda a evolução técnica pode ser nada se o consumidor não gostar do desenho do carro, e essa é a razão da ansiedade. Quem se lembra dos automóveis da Hyundai importados para o Brasil nos anos 1990 sabe que o estilo não era um ponto forte. O sedã Excel e o compacto Atos são exemplos de uma fase pouco inspirada do desenho automotivo.

 

Mas nos últimos dez anos, a empresa deu um salto em estilo e ampliou presença mundial. O HB20 estreou em 2012 como parte desse processo.

Quando a nova geração chegar às lojas, no fim do ano, o público encontrará um carro que parece maior, com faróis e grade completamente diferentes. As portas terão vincos mais acentuados e a versão sedã parecerá mais um cupê.

É provável que a traseira das versões hatch divida opiniões. As lanternas estão ainda mais prolongadas, invadindo a tampa do porta-malas. Por alguns ângulos, parecem grandes demais. 

A opinião que mais interessa à Hyundai —a dos compradores— só será conhecida quando o novo HB20 tiver suas imagens reveladas sem disfarces. Até lá, os executivos terão de lidar com a incerteza de mudar completamente um dos carros mais vendidos do Brasil e, com isso, manter o volume de vendas. 

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