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Venda de plano de saúde é motivo de estranheza

Amil repassa sua carteira de clientes ao fundo Fiord Capital

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Dona da Amil, a americana United Health repassa à Assistência Personalizada de Saúde, que tem pouco mais de 10 mil segurados, e ao recente fundo Fiord Capital, os 370 mil segurados de saúde individuais da sua filiada. O motivo é o alto prejuízo dado por esses planos antigos, com contratos rígidos quanto a correções. Para que os brasileiros fiquem com o problema, os americanos lhes pagariam R$ 3 bilhões, sob a forma de quatro hospitais e ainda perto de R$ 2 bilhões para seguir cobrindo o prejuízo da carteira.

É uma venda em que o vendedor é q uem paga. Já motivo de estranheza, portanto. As expectativas de fim do prejuízo são ridículas. Se aplicado para cobri-lo (destaque para o se), o dinheiro não duraria nem dois anos. E depois?

Plano de saúde idêntico ao desse negócio levou a um sem número de processos judiciais, quando repassado da Golden Cross para a Unimed. Os segurados, é óbvio, foram os prejudicados. A Agência Nacional de Saúde, no entanto, não emite sinais de memória. Negócio de bilhões, sabe-se é.

Sem saída

O projeto para prisão em segunda instância judicial terá remarcado, nos próximos dias, seu exame pela comissão especial. Foi retirado da sessão na semana passada pelo relator, à vista da derrota certa. Para possibilitar a prisão antecipada, que a Constituição não admite antes de esgotados todos os recursos, o deputado Fábio Trad (PSD) propõe a extinção dos recursos ao Supremo e ao Superior Tribunal de Justiça. Ainda assim insatisfeito, vai ao extremo de propor a extinção de recursos também ao Tribunal Superior do Trabalho e ao Tribunal Superior Eleitoral.

Eduardo Cunha é mais um a ter a maior condenação anulada, por correr o processo em vara criminal, devendo ser na Justiça Eleitoral. As anulações de condenação pelas Lava Jatos comprovam a correção jurídica do estabelecido na Constituição. E ainda há mais anulações previstas para desconstruir processos e sentenças errados, não só por má-fé à la Moro. Não há saída: ou se fica com a Constituição, e prisões só quando esgotados os recursos, ou se aceitam prisões arbitrárias e injustas: as sentenças do ódio.

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