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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

De Quarentinha a Tiquinho

A rica história dos artilheiros botafoguenses tem novo interessante protagonista

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Na memória do moleque paulistano alvinegro em São Paulo e no Rio, Quarentinha é nome mais lido e ouvido do que visto.

O suficiente para dizer que ele não comemorava seus gols por considerá-los sua obrigação, maior goleador da história do Glorioso, 313 gols em 442 jogos, marcados entre 1954 e 1964.

Tiquinho Soares lamenta chance perdida em partida do Botafogo contra o Athletico - Rodolfo Buhrer-3.jun.23/Reuters

Entre o paraense Quarentinha e o paraibano Tiquinho Soares, atual artilheiro do Campeonato Brasileiro, oito gols em nove jogos, há uma porção de centroavantes históricos na vida botafoguense, como Paulinho Valentim, Roberto Miranda e Túlio Maravilha.

Num campeonato com tantos camisas 9 de maior nome, de Gabigol a Pedro, de Rony a Calleri, de Hulk a Cano, brilha Tiquinho Soares, de 32 anos, veio da Grécia, do Olympiacos, mas graças ao treinador Luís Castro, que o conhecia das boas passagens pelo futebol lusitano, no Vitória de Setúbal e, principalmente, no Porto. Um desses casos típicos do país exportador de pé de obra, pois ele saiu do Brasil em 2014, aos 23, ao sair do Lucena, clube do litoral-norte da Paraíba para o Nacional da Madeira, de Portugal.

Tiquinho não tem a timidez de Quarentinha, embora não seja exatamente um extrovertido, e nem terá tempo para repetir o número de gols e de jogos do artilheiro que não sorria, mas, ao que tudo indica, se mantiver a média de boas atuações que vem do ano passado, fará o suficiente com a camisa do Glorioso para frequentar o panteão de seus grandes goleadores.

Choque-Rei

Embora a maior rivalidade do Palmeiras seja em relação ao Corinthians, como de resto é a do São Paulo e a do Santos, o que dá a medida do tamanho do Corinthians, hoje em dia mais da Fiel que do clube, bronca antiga mesma os palmeirenses têm dos são-paulinos.

Tudo porque, lá atrás, os quatrocentões tricolores tratavam os alviverdes como "os italianinhos", preconceituosamente, como se fosse pejorativo.

Se uma coisa tem a ver com a outra será difícil dizer, mas o único clássico paulista rigorosamente equilibrado na história é exatamente o Choque-Rei.

O Palmeiras tem larga vantagem de 146 vitórias a 105 sobre o Santos, de 134 a 129 sobre o Corinthians, e entrou no Morumbi com 112 empates, 114 vitórias e mesmo número de derrotas para o São Paulo.

De lá saiu com uma vitória a mais, pois o equatoriano Arboleda estava em dia profundamente infeliz e permitiu dois golaços a Gabriel Menino e ao menino Endrick, num 2 a 0 que não exprimiu o clássico, mas não pode ser chamado de injusto.

Miserável Corinthians

Até a máxima de quem vai a Itaquera já era foi para o espaço, como revelaram as duas derrotas na Libertadores e o recente empate com o Cuiabá.

O Corinthians de Duílio Monteiro Alves faz chorar endividado no montante apreciado por Ciro Gomes, porque faz bilhão, repleto de contratações extravagantes, ao sabor de empresários e comissões nebulosas.

Vanderlei Luxemburgo anda tão perdido que confunde, e por três vezes na entrevista coletiva após o pobre 1 a 1 com o time mato-grossense, o Fortaleza com a Ferroviária.

Sim!, com a Ferroviária, nem, ao menos, com o Ferroviário, o Ferrim, tradicional clube da capital cearense.

Ao dizer o óbvio, que o Corinthians não tem time para disputar três competições, fugiu da pergunta sobre o que fará diante da possibilidade de jogar a Copa Sul-Americana.

Enfim, miséria pouca é bobagem.

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