Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
Crianças reagem bem à Covid-19
Os mais jovens podem, porém, se transformar em reservatórios de vírus
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O alto índice de adultos portadores do novo coronavírus e de mortos pela Covid-19 contrasta com a ausência, praticamente, de crianças
No Hospital São Paulo, a retaguarda hospitalar do ensino médico da Unifesp, foram hospitalizadas, da terceira semana de março até anteontem (22), 28 crianças e adolescentes de zero a 16 anos, segundo o infectologista pediátrico Marcelo Luiz Abramczyk, responsável pela enfermaria de infectologia pediátrica.
Exceto uma criança, os exames afastaram o diagnóstico da Covid-19 nos outros casos, apesar de apresentarem um quadro gripal viral semelhante ao provocado pelo novo coronavírus.
O único paciente confirmado era portador de doença cardíaca, evoluiu bem, superou a infecção e teve alta hospitalar.
As crianças desenvolvem quadros clínicos mais leves, afirma em editorial na Revista Paulista de Pediatria o professor Eduardo Alexandrino S. de Medeiros, presidente da comissão de controle de infecção hospitalar do Hospital São Paulo.
Nelas a maturidade e a capacidade de ligação com a ECA2 podem ser menores que a dos adultos, acrescenta. A ECA2 é uma enzima encontrada no sistema respiratório e tem importante papel na transmissão do vírus, dando a resposta inflamatória pulmonar que provoca a grave insuficiência respiratória.
Como as crianças apresentam poucos sintomas, elas podem se transformar em reservatórios dos vírus e fontes de infecção, criando um problema epidemiológico.
Esse também é um dos motivos pelos quais foi recomendado às crianças que não visitassem seus avós e demais parentes idosos.
As crianças podem adquirir a infecção do novo coronavírus, porém evoluem bem e raramente apresentam complicações, conclui Medeiros no editorial.
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