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Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

Perda de olfato merece atenção

Além do seu declínio estar relacionado à Covid-19, sentido está se destacando como indicador precoce do envelhecimento do cérebro

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A perda súbita do olfato nestes tempos da Covid-19 vem sendo creditada ao novo coronavirus em circulação por todo o globo terrestre. Entretanto, deixar de sentir cheiros também pode ocorrer com outros vírus respiratórios.

Por isso, e principalmente por sua ligação com o envelhecimento e a saúde, a perda do sentido para odores vem sendo estudada há vários anos.

Luciano Lobato Gregorio e colaboradores do Departamento de Otorrino da Unifesp-EPM já assinalavam em 2014, em revista nacional especializada, a disfunção olfatória como um dos sinais pré-clínicos mais precoces para a doença de Alzheimer e para a doença de Parkinson.

Na revista Jama Otolaryngology, Head & Neck Surgery deste mês, Janet S. Choi e colaboradores referem que o olfato está se destacando como um indicador precoce do envelhecimento do cérebro, que pode ser medido por um simples teste.

Swab sendo utilizado para recolher amostra para posterior teste de Covid-19 - Francois Lenoir/Reuters

O teste consta da identificação de oito itens de odores: cebola, sabão, couro, fumaça, uva, morango, chocolate e gás.

Cada erro no teste de olfato é associado a risco aumentado de morte em 5 anos, para a população vulnerável de idosos.

O risco de vida, pela alteração do olfato, está relacionado ao fato de os idosos eventualmente não conseguirem identificar o odor de comida estragada e sofrerem de intoxicação alimentar, ou não sentir o cheiro de fumaça em caso de incêndio ou também não sentirem o vazamento de gás na cozinha da residência.

Finalmente, os autores mostram que o sistema olfatório fornece uma rota a partir do nariz para o vírus acessar o cérebro, com as eventuais sequelas neurológicas resultantes.

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