Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
A inteligência artificial na medicina
Segundo especialista, algumas especialidades médicas serão substituídas por máquinas que irão aprendendo automaticamente com dados sem programação
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Alguns pacientes se ressentem de um exame precário, às vezes até não realizado, nas consultas médicas.
O problema às vezes é superado pelo pedido de grande número de exames complementares laboratoriais.
São complementares porque deveriam complementar uma hipótese para o diagnóstico clínico, após o exame médico adequado do paciente.
Na realidade, um profissional da saúde que não sabe examinar um paciente pode também não saber interpretar o exame.
Essa dificuldade brevemente será superada pela inteligência artificial. Ela é o emprego de computadores em máquinas especiais para substituir tarefas inteligentes realizadas por humanos, segundo Cornelius A. James, da Universidade de Michigan, EUA.
Na área da saúde, ele refere que algumas especialidades médicas serão substituídas por máquinas que irão aprendendo automaticamente com dados sem programação.
Na revista Jama Cardiology, um grupo de cardiologistas e de especialistas em ciência da computação de países europeus, coordenados por Fabian Laumer, da Suíça, estabeleceram um sistema de aprendizado de máquina de ecocardiogramas para diferenciar duas doenças diferentes com os mesmos sintomas e sinais.
Para estudar as verdadeiras diferenças entre a síndrome de Taketsubo e o infarto agudo do miocárdio, analisaram 448 pacientes, dos quais 220 para controle.
A máquina superou o grupo de quatro cardiologistas no diagnóstico diferencial das duas doenças, segundo os autores.
Esse sistema de análises ecocardiográficas não visa substituir os médicos, mas permitir exames rápidos e precisos de forma confiável.
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