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Histórias de mulheres matemáticas

Luna Lomonaco e Carolina Araújo ganharam importantes prêmios internacionais

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Neste mês de setembro, duas importantes premiações internacionais atribuídas às pesquisadoras do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) Luna Lomonaco e Carolina Araújo vieram realçar a importância de promover e incentivar a presença das mulheres na ciência e, particularmente, na matemática.

No dia 21, Araújo foi anunciada a vencedora da edição 2020 do Prêmio Ramanujan, concedido anualmente desde 2005, pelo Centro Internacional de Física Teórica, da Unesco, em reconhecimento da pesquisa de alto nível de jovens matemáticos no mundo em desenvolvimento.

Araújo é carioca, fez graduação na PUC-Rio e doutorado na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Em 2006, ingressou no Impa, onde agora é pesquisadora titular.

Em sua carreira, acumula importantes distinções, como o Prêmio L’Oréal para Mulheres na Ciência e a eleição como membro-afiliado da Academia Brasileira de Ciências. O Ramanujan reconhece “o seu extraordinário trabalho em geometria algébrica”.

As história de Lomonaco e Araújo realçam a importância de incentivar a presença das mulheres na ciência - Flickr

Uma semana antes, o Prêmio Reconhecimento da União Matemática da América Latina fora concedido a Lomonaco por sua pesquisa fora de série em sistemas dinâmicos. É a primeira vez que o prêmio, criado em 2000, é concedido a uma mulher.

Italiana, Lomonaco tem uma trajetória notavelmente internacional: graduação na Itália, mestrado na Espanha, doutorado na Dinamarca e na França, pós-doutorado na Inglaterra e na USP. É pesquisadora-adjunta do Impa desde o início do ano. Já ganhou premiações importantes, como o Prêmio L’Oréal para Mulheres na Ciência e o Prêmio da Sociedade Brasileira de Matemática, em 2019 —também a primeira mulher a recebê-lo.

A citação do Prêmio Ramanujan assinala igualmente o papel chave de Araújo na promoção da presença feminina na matemática. Ela é vice-presidente do Comitê para Mulheres em Matemática da União Internacional de Matemática e organizou o 1º Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, no Impa, em 2019.

A par do sucesso, as trajetórias das duas ilustram os desafios enfrentados pelas mulheres que se dedicam à carreira científica. A esse respeito, vale atentar às palavras de Lomonaco, ao aceitar o prêmio neste mês.

“Por muitas vezes, não me sentia suficientemente boa como matemática e ouvi muitas histórias parecidas com a minha, principalmente contadas por colegas mulheres. Somos frequentemente diminuídas quando não sabemos algo.”

E aconselha: “Quero dizer a todos, em particular a todas, que estão vivendo ou viveram coisas parecidas, que matemática é sobre entender coisas e não se pode apressar o entendimento. Às vezes, demora. Mas sigam tentando e confiando que poderão entender. Quem sabe, poderão chegar aqui? Pois eu também não esperava que acontecesse comigo!”

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