Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Maior leilão privado de crédito de carbono pode ser último antes de nova política
Grupo disponibilizará 500 mil unidades de certificados ao preço inicial de R$ 3,70
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Baesa, do grupo CPFL, fará o maior leilão privado de créditos de carbono do Brasil e, se o resultado for insatisfatório, poderá ser o último que a empresa promove.
O grupo disponibilizará cerca de 500 mil unidades de certificados ao preço inicial de US$ 1 (R$ 3,70, na cotação atual).
Créditos são obtidos quando um empreendimento faz com que se emita menos carbono —no caso, uma hidrelétrica no Rio Grande do Sul.
“O leilão é uma prospecção, para sabermos quais são as avaliações dos interessados e determinarmos se haverá possibilidade de continuarmos com as certificações”, diz Peter Eric Volf, diretor-executivo da empresa.
Compras e vendas já foram mais intensas —o último leilão da B3 foi em 2012—, mas ele diz que houve sinalizações de que o interesse pode ter aumentado no último ano.
Não há lei que obrigue as empresas a neutralizarem suas emissões. Os compradores querem zerar a poluição para dar satisfações aos “stakeholders” (interessados na companhia), diz Magno Castelo Branco, professor do Mackenzie.
“O Brasil não tem meta de redução, o mercado aqui não responde a um comando.”
Há, no entanto, possibilidades que haja mudanças no futuro, segundo Guarany Osório, coordenador de políticas ambientais da FGV.
Dentro do Ministério da Fazenda, um projeto avalia se as políticas brasileiras são eficazes e quais seriam instrumentos para precificar o carbono.
“O grupo estuda a forma mais barata para reduzir as emissões”, afirma Osório.
Empresários querem reformas até antes de governo Bolsonaro
A prioridade número um de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República deverá ser aprovar a reforma da Previdência, segundo executivos do setor privado consultados pela coluna.
“O próximo presidente até oferece a possibilidade de que isso seja feito ainda neste ano, o que seria benéfico”, diz José Galló, diretor-executivo da Renner.
“De qualquer modo, teríamos um bom ano em 2019 independentemente de quem fosse eleito”, afirma.
“Sou cauteloso porque o presidente precisa do Legislativo para fazer mudanças. Por outro lado, é no primeiro ano que o governante tem o apoio para aprovar as reformas”, diz Daniel Randon, sócio das empresas Randon.
“A Previdência deveria ser o primeiro ponto, porque já foi tema debatido pelo Congresso atual, está quente. Esta seria a hora de aprovar o assunto”, afirma ele.
“A expectativa é que tenhamos um ambiente econômico com menos burocracia, um modelo tributário mais simples e regras estáveis”, afirma Ricardo Knoepfelmacher, sócio da RK Partners.
“O governo começa com perspectivas positivas. Se aprovar a nova Previdência, pode liberar orçamento para fazer investimentos em infraestrutura junto à iniciativa privada”, diz Rogério Tavares, diretor da Aegea.
Imagem Ainda há danos à imagem da carne brasileira no exterior, e reabilitá-la nos países consumidores deveria ser prioridade do governo Bolsonaro, diz Mário Lanznaster, presidente da Aurora.
Diesel O TCU iniciou auditoria de acompanhamento para avaliar as ações do governo para regular preços dos combustíveis. Os auditores vão analisar também a concessão de subsídios ao setor.
Fabricante de carretas vai investir R$ 100 milhões em 2019
A fabricante de implementos rodoviários —como carretas e engates— Facchini vai investir ao menos R$ 100 milhões no próximo ano.
“Reabriremos uma fábrica em Aparecida do Taboado (MS), desativada desde a crise, e vamos inaugurar uma em Rondonópolis (MT), prevista antes da recessão, mas que foi adiada”, diz o diretor comercial Leonaro Facchini.
Os aportes visam aumentar a capacidade, em especial dos produtos voltados para o mercado agrícola. A maior parte do recurso será destinada à compra de máquinas já no primeiro trimestre.
“A safra deste ano tem aquecido o mercado nesse segmento. Além disso, muitas empresas passaram a verticalizar o seu transporte após o tabelamento do frete”, afirma Facchini.
A marca estima dobrar sua receita neste ano e chegar ao patamar de faturamento registrado em 2013.
R$ 800 milhões
foi a receita em 2017
5.800
são os funcionários
Sempre em mente
A 28ª edição da Folha Top of Mind anunciará nesta terça (30) as marcas que estão na cabeça dos brasileiros.
O Datafolha pesquisou, em todo território nacional, quais os nomes mais lembrados em 61 categorias de produtos e serviços.
A premiação, exclusiva para convidados, deverá receber cerca de mil representantes de empresas. O leitor poderá acompanhar o evento a partir das 22h no site folha.com/top-of-mind.
Os resultados serão publicados na maior revista de circulação nacional já feita pela Folha, que, neste ano, vai trazer o número recorde de 194 páginas e circulará gratuitamente nesta quarta (31) junto com o jornal.
Último da fila
O Rio de Janeiro é praticamente o único grande município do país em que o setor hoteleiro ainda não dá sinais de recuperação dos preços, segundo o Fohb, que reúne grandes redes.
As diárias subiram 1,4% na média nacional no acumulado até o terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2017. Na capital fluminense houve queda de 6,8% —só em setembro, a retração foi de 14,9%.
“Em outras cidades que estavam ruins, como Campinas (SP), [os valores] já pararam de cair”, afirma Orlando de Souza, presidente-executivo da entidade.
“No Rio a taxa de vacância dos hotéis até começou a melhorar, mas a performance dos estabelecimentos ainda está muito comprometida.”
A ocupação no mercado carioca chegou a 55% em setembro, mas ainda está abaixo de 60%, nível considerado minimamente saudável, segundo Souza.
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters