Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Entidades do movimento negro protestam no shopping Pátio Higienópolis
Manifestantes são contra o pedido do local para apreender crianças em situação de rua em suas dependências
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Entidades ligadas ao movimento negro realizaram uma manifestação dentro do shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (27).
A ação protestou contra o recente episódio em que o centro de compras procurou a Justiça para obter uma autorização polêmica: apreender crianças e adolescentes em situação de rua dentro de suas dependências.
A juíza Mônica Gonzaga Arnoni, da Vara da Infância e Juventude do Fórum Central Cível de São Paulo, indeferiu integralmente os pedidos por falta de embasamento legal.
O ato contou com representantes de grupos como Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio, Uneafro Brasil, Movimento Meninos e Meninas de Rua e Movimento População de Rua e terminou por volta das 20h30.
Segundo Douglas Belchior, da Uneafro, uma advogada do shopping disse aos manifestantes que o estabelecimento não irá recorrer da decisão e que marcará um encontro para receber representantes dos movimentos negros.
“Nós também exigimos uma reparação”, afirma Belchior. “Esse ato é para evitar que o que aconteceu no Extra [quando um segurança matou uma pessoa enforcada dentro do mercado] e na Caixa [quando um homem negro foi imobilizado por policiais militares e expulso da agência] volte a ocorrer. Se a gente não reagir em força, é o que vai acontecer.”
Erramos: o texto foi alterado
Diferentemente do que foi informado em versão anterior deste texto, o empresário citado no episódio da Caixa foi imobilizado por policiais militares, não por seguranças. A informação foi corrigida.
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