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USP desautoriza pesquisador que defendeu hidroxicloroquina para Covid-19 nas redes sociais

Não há estudos científicos conclusivos sobre o uso do medicamento no tratamento da doença

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A diretoria do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP desautorizou publicamente um de seus pesquisadores que publicou em redes sociais depoimentos sobre o tratamento à base de hidroxicloroquina da Covid-19.

Não há estudos científicos conclusivos sobre o uso do medicamento na Covid-19.

A instituição não ci​ta nomes em um comunicado que foi disparado por sua diretoria criticando as colocações do docente, mas fontes afirmam que se trata do pesquisador e professor Paolo Zanotto, vinculado ao departamento de microbiologia do ICB.

Zanotto publicou uma série de vídeos, notícias e depoimentos em seu perfil no Facebook defendendo o uso da hidroxicloroquina ​no tratamento do novo coronavírus. Em um post, ele indicou que participaria de uma live com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na segunda (6).

"A instituição declara que as colocações feitas pelo docente são de sua inteira responsabilidade e não representam uma posição institucional. Nenhuma pesquisa relacionada aos resultados relatados pelo pesquisador foi ou está sendo conduzida nas dependências do ICB ou da USP. O ICB reafirma seu compromisso com a ciência e a ética em pesquisas relacionadas à epidemia de Covid-19, assim como em todas as áreas em que atua", diz o comunicado.

Em uma de suas publicações no Facebook, Zanotto compartilhou uma notícia da Fox News sobre efeitos da hidroxicloroquina e escreveu que "o pavoroso é ver médicos desprezando estes fatos por questão ideológica. Mas ouçam o povo pedindo o remédio do Trump nos USA e o remédio do Bolsonaro no Brasil..."

Em outra, ele compartilhou uma caricatura do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu, com uma máscara estampada com a bandeira da China cobrindo os seus olhos. "Tedros e a vassalagem", escreveu.

No começo da tarde desta terça (7), Zanotto escreveu em seu perfil que tem sido "muito repreendido, ameaçado e agredido, desde formas veladas até explícitas por estar querendo salvar vidas". A coluna não conseguiu localizar o pesquisador para que ele comentasse.

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