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Celso de Mello decreta sigilo e nega acesso de Flávio Bolsonaro a depoimento de Paulo Marinho

Magistrado diz que lei desautoriza, 'por completo', pedido de senador para acompanhar o testemunho

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O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou "regime de sigilo geral" sobre o depoimento do empresário Paulo Marinho no inquérito que apura tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, tinha feito um pedido para acompanhar pessoalmente o depoimento, além de ter acesso depois à sua transcrição. Esse pleito também foi negado por Celso de Mello.

Segundo o magistrado, o inquérito policial, "em face de sua unilateralidade e consequente caráter inquisitivo, não permite que, nele, se instaure o regime de contraditório". Por isso, segue ele, a lei "desautoriza, por completo", o pedido feito pelo senador.

Marinho afirmou, em entrevista à Folha, que Flávio Bolsonaro recebeu, em 2018, informação privilegiada da PF sobre investigações que atingiriam o então assessor dele, Fabrício Queiroz, e a filha dele, Nathalia, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília.

Ele diz ter ouvido de Flávio que a informação, repassada entre o primeiro e o segundo turno das eleições, fez com que a família Bolsonaro demitisse os dois assessores, o que ocorreu no dia 15 de outubro daquele ano.

Marinho relatou ainda que, segundo relato que ouviu de Flávio, o senador teria enviado emissários para falar com o delegado-informante. Um deles teria sido o coronel Miguel Braga Grillo, que trabalha até hoje no gabinete do senador.

Ele também será ouvido nesta terça (26), em caráter sigiloso.

As duas testemunhas vão depor em inquérito aberto por Celso de Mello para investigar as declarações do ex-ministro Sergio Moro, da Justiça, que acusa Bolsonaro de tentar interferir na PF para proteger amigos e sua família.

As investigações foram abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República.

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