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Câmara passará a incluir licença-maternidade nos painéis de votações

Medida é adotada após requerimento da deputada Sâmia Bomfim, que está afastada por dar à luz e chegou a ser cobrada por 'faltas'

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A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados publicou nesta quinta (16) ato que instituiu a sinalização, nos painéis de votações no plenário e nas comissões, de quando um parlamentar estiver de licença-maternidade ou de licença-paternidade.

"No caso de ausência justificada, identificar-se-á se é decisão da Mesa, licença para tratamento de saúde, licença-gestante, licença-paternidade ou missão autorizada", diz texto assinado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Discussão e votação de propostas no plenário da Câmara, em Brasília - Cleia Viana - 2.set.2021/Câmara dos Deputados

A adoção da medida, que passará a especificar adequadamente os afastamentos dos parlamentares, ocorre após requerimento enviado no mês passado pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A parlamentar do PSOL classifica a decisão da Mesa como um marco político e de transparência para a Câmara dos Deputados.

"Ao constar como falta ou ausente, a parlamentar tinha um ônus político, pois o cidadão era levado ao erro da informação. É uma questão de visibilidade da existência de mães na política. Nós existimos e temos direito à licença-gestação", diz à coluna.

Afastada desde o dia 24 junho após dar à luz o seu primeiro filho, Bomfim afirmou que vinha sendo cobrada e questionada como uma deputada faltosa e que não se posicionava em relação a votações importantes, já que os painéis sinalizavam sua ausência ou abstenção ao invés da licença-maternidade.

"Não há nenhum registro oficial para a população que acompanha de perto as votações da Câmara de que, na realidade, encontro-me exercendo meu direito à licença-maternidade", disse no ofício com a solicitação.

A deputada Sâmia Bonfim - Julia Chequer/Folhapress

Na ocasião, Bomfim ainda destacou que as deputadas Áurea Carolina (PSOL-MG) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), suas correligionárias, passaram por situação semelhante quando exerceram a licença-maternidade e chegaram a figurar em rankings como "as deputadas mais faltosas em 2020".

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