Correspondente da Folha na Ásia
Sombra de nova Revolução Cultural racha mídia chinesa
Artigo sugerindo 'revolução profunda' é rebatido por artigo alertando que 'linguagem evoca certas memórias históricas'
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Começou no domingo (29), quando o jornalista Li Guangman, do site maoísta Chawang, publicou na plataforma WeChat o artigo “Todos podem sentir que uma revolução profunda está a caminho!”, na China.
Listou indícios que iriam “da suspensão do IPO da Ant à proposta de tomar o caminho da Prosperidade Comum”, com distribuição de renda, “e ao caos recente na indústria de entretenimento”, com cancelamentos de diversas celebridades.
Disse que, entre outras consequências, “a opinião pública não estará mais em posição de adoração da cultura ocidental”.
Ecoou em mídia social chinesa, mas chamou mais a atenção quando sites do Diário do Povo, do PC, à agência Xinhua, estatal, republicaram —ecoando por Bloomberg e agências ocidentais. O próprio Li estranhou tanta repercussão, segundo o relato do China Media Project, site sobre jornalismo em Hong Kong.
E surgiu então na quinta (2) a onda contrária, encabeçada pelo editor do Global Times, de Pequim, também ligado ao PC, Hu Xijin (acima), usando seus perfis no WeChat e no Weibo, este com 24 milhões de seguidores. Foi republicado por sites como Guancha.
“Estou preocupado que essa linguagem evoque certas memórias históricas e desencadeie um grau de confusão ideológica e pânico”, escreve Hu, em referência à Revolução Cultural.
Comentário do jornalista americano Bill Bishop no Sinocism, principal newsletter de Washington sobre a China, parte do Substack: “Eu adoraria saber o que está acontecendo”.
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