Correspondente da Folha na Ásia
Nos EUA, 'braço longo' da Justiça agora está em revisão
Para Foreign Affairs, 'Biden precisa pesar se tribunais devem ser empregados para resolver questão de política externa'
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Na terça (5), na home do Wall Street Journal, "Petrobras conclui acordo sobre suborno com Departamento de Justiça dos EUA".
Explica o jornal americano que "a Petrobras foi o centro de escândalo que eclodiu em 2014, quando procuradores anunciaram investigação, conhecida como Lava Jato, sobre um cartel de empresas de construção que estava superfaturando a Petrobras e subornando políticos".
No mesmo dia, a Foreign Affairs, veículo do establishment de política externa, publicou ensaio destacando "As armadilhas na condução da política externa dos EUA por meio de tribunais", em casos de suborno.
Alerta que "levar a concorrência com a China para os tribunais levanta preocupação", por exemplo, dada a "perspectiva de retaliação", citando a resposta à prisão da executiva da Huawei, Meng Wanzhou.
"Se parecer que o Departamento de Justiça está mirando seletivamente as empresas chinesas, os tribunais podem dar crédito às reclamações de violação constitucional", acrescenta.
Propõe que, "em última análise, Biden precisa pesar se e quando os tribunais dos EUA devem ser empregados para resolver o que é, sobretudo, questão de política externa".
DERROTA DO BRAÇO LONGO
Antes da Foreign Affairs, os chineses Guancha e Global Times deram entrevistas na mesma linha. No primeiro, com um professor da Universidade Renmin, "Incidente com Meng Wanzhou foi primeira derrota da jurisdição de braço longo da Justiça dos EUA".
No segundo, "Caso Meng deve frear a jurisdição de braço longo dos EUA, diz ex-executivo da Alstom", que foi preso em episódio semelhante com a empresa francesa, em 2013.
NENHUM
No site da organização de política externa Atlantic Council, de Washington, artigo de seu vice sugere que "Pandora Papers deveriam revigorar esforço anticorrupção de Biden", por se ligarem "a muitos dos objetivos centrais que ele estabeleceu para os EUA no mundo".
Já o editor do chinês Global Times arrisca que "por trás desses papéis estão as agências de inteligência dos EUA, criando novas ferramentas para intervenção nos países em desenvolvimento".
No mapa acima, da organização que coordenou a divulgação, ICIJ, de Washington, nenhum dos 336 políticos citados é americano.
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