Correspondente da Folha na Ásia
Imprensa asiática se alarma com mísseis sobre Taiwan
Disparos teriam chegado perto do Japão, última etapa da viagem de Nancy Pelosi, que foi 'esnobada' na Correia do Sul
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Em destaque no Asahi Shimbun e no Yomiuri Shimbun, dois dos principais jornais de Tóquio, "segundo o Ministério da Defesa [do Japão], quatro dos mísseis disparados teriam passado sobre Taiwan".
A informação japonesa foi manchete e texto mais lido no site da americana Bloomberg, acrescentando que a rede chinesa CCTV ouviu Meng Xiangqing, "professor da Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular, confirmando a trajetória do míssil sobre Taiwan". Segundo Meng, foi "um sinal claro para as autoridades taiwanesas de que os exercícios atuais excedem todos os anteriores em escala e dissuasão".
Mais tarde, na manchete do Zhongguo Shibao, de Taipé, "Míssil chinês voou sobre Taiwan?", com a resposta vaga: "O Ministério da Defesa Nacional afirmou que a principal rota de voo dos mísseis balísticos após o lançamento é fora da atmosfera, o que é muito importante para a vastidão do sobrevoo". O órgão acrescentou que "informações sobre a trajetória de voo não serão divulgadas, considerando que o disparo visa, como objetivo principal, nos dissuadir".
Nas chamadas no Japão, mais importante do que o sobrevoo da ilha foi que "cinco mísseis balísticos chineses caíram pela primeira vez na zona econômica exclusiva do Japão". Os jornais ressaltam que são "em resposta à visita de Pelosi" —que agora chegou a Tóquio e "está programada para se reunir com o primeiro-ministro Fumio Kishida".
Já o mandatário sul-coreano Yoon Seok-yeol evitou encontrar a presidente da Câmara dos EUA, cuja passagem de dois dias por Seul foi carregada de constrangimento. Um dos poucos veículos ocidentais a noticiar, o Financial Times publicou o título "Presidente sul-coreano esnoba Pelosi".
A desfeita teria começado no desembarque. Na manchete do Chosun Ilbo, de Seul, "Um aeroporto vazio na chegada de Pelosi". Naquele momento, informou o jornal, Yoon assistia uma peça de teatro, saindo em seguida para jantar com os atores.
Ele tirou cinco dias de férias e, apesar de permanecer na capital sul-coreana, só aceitou ceder um telefonema à parlamentar americana.
BIDEN FUMEGANTE
Em Washington, a Casa Branca, já "fumegante" com a presidente da Câmara, segundo a Bloomberg, passou a pressionar o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o também democrata Bob Menendez —que quer aprovar US$ 4,5 bilhões para os militares taiwaneses.
Menendez e Pelosi defenderam as suas ações em artigos por New York Times e Washington Post, respectivamente, ambos contornando Biden.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters