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Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

Chineses lamentam por Lula e se voltam para Xiomara e Tim Cook

Noticiário é simpático ao brasileiro, mas vitórias de Pequim junto aos líderes de Honduras e Apple ganham prioridade

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O investidor Eric X. Li, dono do Guancha, tinha nova entrevista marcada com Lula nesta segunda (27), em Pequim, e seu portal fez uma edição quase triste, para noticiar que o presidente adiou a viagem porque está com "influenza tipo A" (abaixo).

Mas o portal chinês, embora privado, vive de cantar as vitórias da China, e sua manchete do dia foi para outro governante da América Latina, a hondurenha Xiomara Castro, que abraçou "uma só China" --abandonando Taiwan apesar da pressão renovada de Washington, que mandou enviado.

O Global Times/Huanqiu, mantido pelo PC, fez a mesma coisa. Chamou foto de Lula sorrindo, com o enunciado "China expressa compreensão por Lula adiar viagem devido a pneumonia". E acrescentou depois, noutro texto, que "Xi envia mensagem de simpatia ao presidente brasileiro".

Mas a manchete foi "China e Honduras estabelecem relações diplomáticas, cortando aliados de Taiwan para 13".

Em vez de Lula, quem veio a Pequim foi Tim Cook. Também ele ganhou atenção, com o Global Times reproduzindo foto do perfil do próprio empresário americano no Weibo, em dois textos intitulados "'Estou vibrando por estar de volta', destaca Cook sobre sua relação com a China" e "Netizens chineses ressaltam contraste entre tratamento do CEO da Apple em Pequim e do CEO do TikTok nos EUA" (abaixo).

Mas foi na imprensa dos EUA e aliados que a visita repercutiu mais e pior. No Wall Street Journal, primeiro sob o título "Tim Cook animado em Pequim", depois "Cook ocupa o palco na China para aplausos de boas-vindas". No Financial Times, "Tim Cook louva relação 'simbiótica' da Apple com Pequim".

JOVENS ELEITORES

Sobre o cerco ao TikTok em Washington, o WSJ manchetou ao longo do domingo "Por que os aplicativos chineses são os favoritos dos jovens americanos". Destacou Temu, CapCut e Shein, fechando os quatro líderes em downloads nos EUA. "E então vem o Facebook, único não chinês no Top 5."

Entre as explicações dadas, para além dos algoritmos: a concorrência de "cortar garganta" por usuários, com busca generalizada por aperfeiçoamento; e o fato de serem criados e comandados por "uma geração mais jovem de empreendedores".

A identificação do TikTok com jovens pode ser sua salvação nos EUA, ao menos até a eleição do ano que vem, segundo veículos como NBC. Nos bastidores, o Partido Democrata discute se pode prescindir da plataforma chinesa na mobilização desse eleitorado para votar.

O New York Times destacou que a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez, identificada com o eleitor mais jovem, viralizou no TikTok no fim de semana, ao alertar que Joe Biden e seu partido estão "colocando a carruagem na frente dos bois" e deveriam esperar.

Abaixo, o "primeiro TikTok" de AOC:

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