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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Itaú acusa vereador de São Paulo de violação de sigilo fiscal

CPI da Sonegação Fiscal da Câmara, presidida por Ricardo Nunes (MDB), levou a gestão Bruno Covas (PSDB-SP) a multar o banco

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Segredo O banco Itaú fez um pedido de abertura de inquérito policial contra o vereador Ricardo Nunes (MDB) por suposta violação de sigilo fiscal. A CPI da Sonegação Tributária da Câmara, presidida por Nunes em 2019, levou a gestão Bruno Covas (PSDB-SP) a multar o Itaú em R$ 3,8 bilhões por suposta fraude fiscal.

Crime Em seu pedido, o banco argumenta que ao anunciar na Câmara que existia a autuação e citar seu valor aproximado, Nunes publicizou informações sigilosas.

"O Itaú Unibanco entende que a conduta do vereador Ricardo Nunes, que divulgou publicamente a existência de autuação fiscal, pode constituir violação de sigilo fiscal do banco. Dessa forma, o Itaú representou o fato às autoridades competentes para que façam as apurações necessárias", disse o banco, por meio da assessoria de imprensa.

Em nota, os membros da CPI da Câmara afirmam que todos seus atos seguiram rigidamente os preceitos legais.

Agência do banco Itaú em São Paulo - Zanone Fraissat-12.nov.2014/Folhapress

Dizem também que a acusação do Itaú não condiz com a verdade, o que, segundo eles, pode ser verificado no vídeo da sessão e nas notas taquigráficas. Segundo os vereadores, a autuação fiscal não pode ser tratada como sigilo, pois o Itaú é instituição financeira financeira regida por normas da Comissão de Valores Mobiliários, devendo fazer a divulgação de fatos relevantes.

Concluem ao dizer que é uma tentativa do Itaú de desqualificar os trabalhos da CPI.

Instalada em 2018, a CPI da Sonegação Tributária investigou eventuais fraudes e sonegações fiscais de empresas de factoring, leasing e franchising que atuam na capital paulista, embora estejam sediadas oficialmente em municípios que cobram alíquota menor de ISS (Imposto sobre Serviço).

Em 9 de maio de 2019, o Itaú fechou acordo com a comissão pelo qual se comprometeu a trazer operações de leasing e de cartões e a empresa Rede para São Paulo. Com isso, a cidade passaria a arrecadar cerca de R$ 230 milhões em impostos.

Semanas depois, o banco Santander Brasil aceitou pagar cerca de R$ 195,5 milhões para encerrar as investigações sobre a instituição na CPI. O banco era acusado de ter uma sede de fachada em Barueri de sua empresa Santander Leasing para evitar o pagamento de ISS (Imposto Sobre Serviços) na capital paulista, onde o valor da alíquota é maior.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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