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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Eleições 2020

Suspenso pelo Novo, Sabará ataca Amoêdo e diz que verdadeiro líder é Romeu Zema

Empresário teve sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo interrompida pelo partido

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Suspenso pela comissão de ética do Novo nesta quarta-feira (23), Filipe Sabará teve sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo interrompida pelo partido.

O empresário diz ao Painel que vai acatar a decisão, mas critica o ex-banqueiro João Amoêdo, fundador do partido, e afirma que tem sido perseguido por motivos políticos e eleitorais.

Segundo Sabará, sua avaliação de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é melhor que o governador João Doria (PSDB) desagrada Amoêdo.

"Ele não aceita conversar. Está me perseguindo por eu não falar exatamente as coisas que ele quer. Falei que o Bolsonaro é melhor que o Doria. E também por eu ser uma pessoa de direita, conservador nos costumes e liberal na economia", diz Sabará, que foi secretária municipal de Assistência Social na gestão do tucano.

Para ele, a ascensão dentro do partido de uma ala que é elogiosa a Bolsonaro, formada por nomes como o dele e especialmente de Romeu Zema, governador de Minas Gerais, coloca em xeque o desejo de Amoêdo de disputar a presidência da República em 2022. Mais um motivo para a sua suspensão pelo partido.

"Ele [Amoêdo] quer antagonizar com o Bolsonaro o tempo todo. Nunca elogia, apenas critica. O Zema é o verdadeiro líder do partido Novo. Ele é o Novo na prática. O Amoêdo fez um excelente trabalho fundando o partido. Mas parece que depois se perdeu", argumenta.

Ele diz que seus advogados estão estudando as medidas jurídicas para recorrer da suspensão, mas ressalta que não cogita desistir da candidatura.

Nas últimas semanas, Sabará se viu envolto em polêmicas no partido. Filiados do partido apontaram supostas incongruências no currículo do pré-candidato registrado no LinkedIN, o que fez com que Sabará gravasse um vídeo mostrando seu diploma de ensino superior.

Ele diz que a suspensão, que corre em sigilo e ainda não teve os motivos expostos, não deve ter relação com isso. "Meu currículo sempre foi divulgado de forma transparente. Não creio que tenha sido isso", diz.

Ele também foi criticado por suposta falta de transparência em sua declaração de bens.No documento que enviou em 19 de setembro, Sabará declarou R$ 15.686 em bens.

Filiados do Novo passaram a criticar o que viram como falta de transparência do pré-candidato, que é herdeiro do Grupo Sabará, gigante da indústria química voltada à fabricação de cosméticos, com faturamento acima de R$ 200 milhões em cada um dos últimos anos.

Em retificação enviada em 21 de setembro, declarou ter, na verdade, R$ 5,1 milhões, divididos entre ações de uma empresa de cosméticos (R$ 5 milhões), aplicações e valores em conta.

Para Sabará, nada disso tem relação com sua suspensão.

"O motivo é político. Perseguição do Amoêdo".

Em nota nesta quarta (23), ele disse ser alvo de ataque de uma "ala esquerdista minoritária" do Novo, vinculada a Amoêdo, e também de infiltrados do MBL.

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