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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Ministro decidiu dar verba para ex-mulher, diz dirigente do PSL; candidatos ameaçam ir à Justiça

PSL, que tem fundo eleitoral de R$ 199 milhões, destinou verbas apenas para três candidatos ao cargo de vereador em BH

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A revolta de mais de um terço dos candidatos a vereador do PSL em BH não se restringe à capital mineira. Além da ex-mulher de Marcelo Álvaro Antônio, que disputa uma vaga de vereadora e recebeu R$ 690 mil da verba do partido, outra campeã de recursos é Delegada Sheila, candidata à prefeitura de Juiz de Fora, com R$ 1,17 milhão.

Ela faz dobradinha com o deputado Charlles Evangelista (PSL-MG), presidente formal do PSL-MG e integrante do grupo político comandado por Álvaro Antônio.

Entre os 50 candidatos aptos ao pleito, o partido fez repasses, além da mulher do ministro, de R$ 100 mil para o vereador Léo Burguês, que tenta reeleição, e de R$ 60 mil para Maurício Vidal. Este último é secretário parlamentar do deputado federal Delegado Marcelo Freitas, também do partido de Minas.

O presidente do PSL da cidade de Belo Horizonte, Jandir Siqueira, minimiza o risco de implosão no partido e não esconde a participação do ministro. “Falo para eles, ‘gente vamos fazer campanha sem se preocupar com quem recebeu mais ou menos’. A lei não diz que tem que ser igualmente para A, B e C”, afirma.

“Foi o Marcelo Álvaro quem indicou transferir da sua cota pessoal para Janaína, assim como o delegado Marcelo para o Maurício. O Léo é o único do partido eleito”, justifica. “Mas todos esses vão receber, é só questão de tempo.”

Sem receber nada, as candidatas Ana Granata e Fernanda Fiuza ameaçam ir à Justiça contra o partido para questionar ao menos o repasse obrigatório de 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para candidaturas de mulheres. “O que o partido faz pode ser legal, mas imoral”, diz Ana.

O PSL nacional tem direito à segunda maior fatia do fundo eleitoral, R$ 199 milhões. Nanico até 2018, a sigla subiu ao topo do recebimento das verbas eleitorais em decorrência da onda de votos recebida na esteira da eleição de Jair Bolsonaro.

Jair Bolsonaro abandonou a sigla em 2019 após dizer que o seu fundador e principal cacique, Luciano Bivar, estava "queimado pra caramba". Nesse mesmo ano, a Folha revelou que a sigla usou candidaturas laranjas para desviar verbas eleitorais da cota feminina em Minas e em Pernambuco.

Com Carlos Petrocilo.

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